quais são as figura de linguagem no poema Vaso Chinês (Alberto de Oliveira)
Vaso Chinês
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura,
Quem o sabe?... de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura.
Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
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Olá!
O poema Vaso Chinês, de Alberto de Oliveira, possui uma construção muito rebuscada. Um dos recursos utilizados pelo autor para tal efeito é o uso de (principalmente) duas complexas figuras de linguagem: o hipérbato e a sinestesia.
O hipérbato consiste na inversão natural de palavras em uma determinada frase. Essa figura ocorre, por exemplo, na passagem abaixo:
"(...) de um perfumado / Contador sobre o mármor luzidio"
A sinestesia consiste na reunião de dois ou mais sentidos em um mesmo acontecimento. Na passagem abaixo, há a reunião de tato (calor) e visão (sombrio).
"Na tinta ardente, de um calor sombrio."
Espero ter ajudado, um abraço! :)
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