Quais são as fases de infecções pelo HIV explique-as
Soluções para a tarefa
Resposta:
● Sudorese noturna: é queixa bastante comum e tipicamente inespecífica entre os
pacientes com infecção sintomática inicial pelo HIV. Pode ser recorrente e pode
ou não vir acompanhada de febre. Nessa situação deve ser considerada a
possibilidade de infecção oportunista, particularmente tuberculoses, lançando-se
mão de investigação clínica e laboratorial específicas.
● Fadiga: também é freqüente manifestação da infecção sintomática inicial pelo
HIV e pode ser referida como mais intensa no final de tarde e após atividade
física excessiva. Fadiga progressiva e debilitante deve alertar para a presença de
infecção oportunista, devendo ser sempre pesquisada.
● Emagrecimento: é um dos mais comuns entre os sintomas gerais associados
com infecção pelo HIV, sendo referido em 95-100% dos pacientes com doença
em progressão. Geralmente encontra-se associado a outras condições como
anorexia. A associação com diarréia aquosa o faz mais intenso.
● Diarréia: consiste em manifestação freqüente da infecção pelo HIV desde sua
fase inicial. Determinar a causa da diarréia pode ser difícil e o exame das fezes
para agentes específicos se faz necessário. Na infecção precoce pelo HIV,
patógenos entéricos mais comuns devem ser suspeitados: Salmonella sp,
Shigella sp, Campylobacter sp, Giardia lamblia, Entamoeba histolytica,
adenovírus, rotavírus. Agentes como Cryptosporidium parvum e Isospora belli,
geralmente reconhecidos em fase mais avançada da doença causada pelo HIV,
podem apresentar-se como expressão clínica autolimitada, principlamente com a
elevação da contagem de células T CD4+ obtida com o iníco do tratamento antiretroviral. Quando a identificação torna-se difícil ou falha, provas terapêuticas
empíricas podem ser lançadas, baseando-se nas características epidemiológicas
e clínicas do quadro.
● Sinusopatias: sinusites e outras sinusopatias ocorrem com relativa freqüência
entre os pacientes com infecção pelo HIV. A forma aguda é mais comum no
estágio inicial da doença pelo HIV, incluindo os mesmos agentes considerados
em pacientes imunocompetentes: Streptococus pneumoniae, Moraxella
catarrhalis e H. influenzae. Outros agentes como S. aureus e P. aeruginosa e
fungos têm sido achados em sinusite aguda, porém seu comprometimento em
sinusites crônicas é maior. Febre, cefaléia, sintomas locais, drenagem
mucopurulenta nasal fazem parte do quadro.
● Candidíase Oral e Vaginal (inclusive a recorrente): a candidíase oral é a mais
comum infecção fúngica em pacientes portadores do HIV e apresenta-se com
sintomas e aparência macroscópica característicos. A forma pseudomembranosa
consiste em placas esbranquiçadas removíveis em língua e mucosas que podem
ser pequenas ou amplas e disseminadas. Já a forma eritematosa é vista como
placas avermelhadas em mucosa, palato mole e duro ou superfície dorsal da
língua. A queilite angular, também freqüente, produz eritema e fissuras nos
ângulos da boca. Mulheres HIV+ podem apresentar formas extensas ou
recorrentes de candidíase vulvo-vaginal, com ou sem acometimento oral, como
manifestação precoce de imunodeficiência pelo HIV, bem como nas fases mais
avançadas da doença. As espécies patogênicas incluem Candida albicans, C.
tropicalis, C. parapsilosis e outras menos comumente isoladas.
● Leucoplasia Pilosa Oral: é um espessamento epitelial benigno causado
provavelmente pelo vírus Epstein-Barr, que clinicamente apresenta-se como
lesões brancas que variam em tamanho e aparência, podendo ser planas ou em
forma de pregas, vilosidades ou projeções. Ocorre mais freqüentemente em
margens laterais da língua, mas podem ocupar localizações da mucosa oral:
mucosa bucal, palato mole e duro.
● Gengivite: a gengivite e outras doenças periodontais pode manifestar-se de
forma leve ou agressiva em pacientes com infecção pelo HIV, sendo a evolução
rapidamente progressiva, observada em estágios mais avançados da doença,
levando a um processo necrotizante acompanhado de dor, perda de tecidos
moles periodontais, exposição e seqüestro ósseo.
● Úlceras Aftosas: em indivíduos infectados pelo HIV é comum a presença de
úlceras consideravelmente extensas, resultantes da coalescência de pequenas
úlceras em cavidade oral e faringe, de caráter recorrente e etiologia não definida.
Resultam em grande incômodo produzindo odinofagia, anorexia e debilitação do
estado geral com sintomas constitucionais acompanhando o quadro.
● Herpes Simples Recorrente: a maioria dos indivíduos infectados pelo HIV é coinfectada com um ou ambos os tipos de vírus herpes simples (1 e 2), sendo mais
comum a evidência de recorrência do que infecção primária. Embora o HSV-1
seja responsável por lesões orolabiais e o HSV-2 por lesões genitais, os dois
tipos podem causar infecção em qualquer sítio. Geralmente a apresentação
clínica dos quadros de recorrência é atípica ao comparar-se aos quadros em
indivíduos imunocompetentes, no entanto, a sintomatologia clássica pode
manifestar-se independente do estágio da doença pelo HIV.