Biologia, perguntado por emanuelpereira14, 8 meses atrás

Quais são as etapas do ciclo de vida do vírus? *

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Respondido por LuizEsteves
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Resposta:

Existem muitas controvÈrsias na comunidade cientÌfica a respeito do vÌrus

ser ou n„o um ser vivo. Muitos autores consideram que a vida se originou do

RNA, pois, a partir desta molÈcula s„o formadas novas quantidades dela

mesma. Em 1960, o fÌsico alem„o Manfred Eigen, ganhador de um prÍmio

Nobel, descobriu que era possÌvel a replicaÁ„o de RNA in vitro. O RNA,

portanto, tornou-se um grande candidato ‡ condiÁ„o de supermolÈcula da vida

primitiva, capaz de se replicar e sofrer mutaÁıes, albergando genes codificadores

de enzimas e outras proteÌnas.

Essa molÈcula, denominada ìRNA de Eigenî, È muito semelhante ao

vÌrus, pois se encontra na fronteira entre o quÌmico e o biolÛgico. Uma das

hipÛteses da origem do vÌrus, denominada ìTeoria dos Elementos Subcelularesî,

È de que o vÌrus seria proveniente de uma molÈcula de RNA. Uma outra

hipÛtese defende que o vÌrus teria se originado de seres unicelulares de vidalivre que, por uma perda progressiva de propriedades celulares, criou uma

dependÍncia, tornando-o um parasita intracelular obrigatÛrio.

Os que defendem que o vÌrus n„o È um ser vivo partem do princÌpio

de que ele n„o tem vida livre, pois sua replicaÁ„o sÛ È possÌvel dentro de

uma cÈlula viva. AlÈm disso, alguns desses agentes possuem a capacidade

de se cristalizar quando submetido a situaÁıes adversas. Entretanto, os que

o classificam como ser vivo se apoiam em duas caracterÌsticas. A primeira se

refere ‡ sua capacidade de replicaÁ„o que os diferem de outros agentes,

tais como as toxinas bacterianas; e a segunda, ‡ presenÁa de uma estrutura

protetora de seu material genÈtico, ausente nos plasmÌdeos (molÈcula de

DNA circular).

Apesar de terem a capacidade de se replicar, os vÌrus n„o possuem

um aparato enzim·tico suficiente para a replicaÁ„o, necessitando, assim, da

maquin·ria celular para completar o seu ciclo replicativo, o que o torna um

parasita intracelular obrigatÛrio.

Sua fragilidade ìaparenteî, por ser estritamente dependente da cÈlu-

la, È descartada pela capacidade de controle e redirecionamento do meta-

bolismo celular para o seu prÛprio benefÌcio. Apesar da baixa complexida-

de estrutural, pode causar grandes danos ‡ cÈlula hospedeira, mesmo apre-

sentando morfologicamente apenas o material genÈtico, um capsÌdeo e, em

alguns vÌrus, um envelope.

Algumas propriedades distinguem os vÌrus de outros microrganismos.

A primeira est· relacionada ao seu tamanho, o qual pode variar de 10 a

300 nm. Dessa forma, s„o considerados os menores microrganismos exis-

tentes, podendo ser visualizados apenas atravÈs da microscopia eletrÙnica.

Para fins de comparaÁ„o, lembramos que as bactÈrias e as hem·cias possu-

em, em mÈdia, 10 a 15 vezes o tamanho dos vÌrus, o que possibilita a

identificaÁ„o destes por meio da microscopia Ûtica.A segunda propriedade se refere ao genoma viral, que pode ser

DNA ou RNA, com exceÁ„o do MimivÌrus (famÌlia: Mimiviridae), o qual

apresenta em seu genoma os dois ·cidos nucleicos (DNA e RNA), des-

coberto em 2003, por pesquisadores da Universidade MÈditerranÈe, em

Marseille, FranÁa (LA SCOLA et al., 2003). O ·cido nucleico contÈm

os genes respons·veis pelas informaÁıes genÈticas para a codificaÁ„o de

proteÌnas com composiÁ„o quÌmica bem definida, capazes de induzir res-

postas imunolÛgicas especÌficas. Esta especificidade È uma das caracterÌsti-

cas virais, ou seja, quando somos acometidos por uma infecÁ„o viral, o

nosso sistema imune produz anticorpos especÌficos, que podem ser identi-

ficados atravÈs do diagnÛstico sorolÛgico. O mecanismo de replicaÁ„o viral

favorece as frequentes mutaÁıes, burlando, assim, o sistema imune.

Outra importante propriedade dos vÌrus È a sua natureza particulada,

j· que ele È capaz de se replicar, formando seus componentes separada-

mente, sendo o ·cido nucleico uma das primeiras molÈculas a ser formada.

Como mencionado anteriormente, o vÌrus precisa necessariamente de uma

cÈlula viva para realizar seu ciclo. Dessa forma, tratam-se de parasitas estri-

tos, n„o possuindo atividade metabÛlica fora das cÈlulas hospedeiras. Estas

cÈlulas podem ser de animais, vegetais ou microrganismos .

As propriedades fÌsico-quÌmicas dos vÌrus os tornam capazes de infectar

o organismo atravÈs de receptores de membrana especÌficos, presentes nas

cÈlulas hospedeiras. O fato de o vÌrus apresentar tropismo celular vai influen-

ciar no tipo de doenÁa causada. Por exemplo, um vÌrus que possui afinidade

por cÈlulas do sistema imune compromete a sua funÁ„o. Assim, a interaÁ„o

vÌrus-hospedeiro È a chave de muitos aspectos das doenÁas virais, tanto da

transmiss„o quanto da capacidade de o vÌrus de se sobrepor ‡s defesas do

hospedeiro. Uma resposta imune exacerbada do hospedeiro pode, tambÈm,

contribuir para causar maiores danos, agravando a enfermidade.


emanuelpereira14: Blz Podia me ajudar português
LuizEsteves: eu te ajudei
LuizEsteves: quer simplificada?
LuizEsteves: se quer não existi
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