Quais são as etapas da produção da cana de açúcar?
Soluções para a tarefa
Solo
A cana-de-açúcar deve ser plantada em solos leves, sem excesso de umidade, ricos em matéria orgânica e minerais. Solos pesados, argilosos e mal drenados são limitantes para esta cultura.
Após a análise do solo, pode-se detectar a necessidade do uso de corretivos e fertilizantes, a fim de minimizar deficiências, empregando-se quantidades de calcário e adubo no solo. As carências minerais são minimizadas por meio de fertilizantes químicos. Por outro lado, o uso de matéria-orgânica privilegia as propriedades físicas e biológicas do solo.
– Mudas
A escolha do tipo da cana a ser utilizado é determinante em relação ao sucesso da produção da cachaça. Nesse sentido, as mudas certificadas podem garantir as características desejadas em relação à maturação, teor de açúcar, adequação às condições do solo, resistência a doenças, despalha e porte.
Deve-se verificar a origem da produção das mudas, se o fornecedor sofre fiscalização e se o produto atende às necessidades em termos de germinação, e resistência a doenças entre outros.
Apesar dessa consideração, um dos principais entraves reside nos custos de aquisição dessas mudas, nem sempre acessíveis aos pequenos produtores.
– Colheita
Por vários anos os produtores nacionais de cana se utilizaram da prática da queima da cana-de-açúcar antes da colheita, eliminando assim as folhas.
Mais recentemente, em especial com a colheita mecânica, a área é colhida sem a despalha a fogo; dessa forma, as folhas secas, os ponteiros e as folhas verdes são cortados e colocados sobre o solo, criando uma cobertura denominada palhada.
O uso da queima além de acelerar a deterioração da cana, antes mesmo do início do transporte, reflete na fermentação (pelo acúmulo de cinzas) e na qualidade final da cachaça e em especial no sabor da mesma. Além disso, gera impactos não só na produtividade, mas também nas características e na preservação dos nutrientes do solo, podendo afetar a longevidade da própria cultura.
Proteção
Para minimizar esse processo, o Decreto-lei Estadual nº. 47.700, de 11 de março de 2003, regulamentou a Lei Estadual nº. 11.241, de 19 de setembro de 2002, que determinou prazos para a eliminação gradativa do emprego do fogo para despalha da cana-de-açúcar nos canaviais paulistas, estabelecendo prazos, procedimentos, regras e proibições a fim de regulamentar as queimas em práticas agrícolas.
Considerando-se o perfil de cada produtor, que muitas vezes não dispõe de equipamentos para colheita, no processo manual a cana deve ser cortada o mais rente possível do solo, proporcionando melhores resultados em longo prazo, pela preservação da cultura.