quais são as duas regionalizações que existem no território brasileiro ?Explique os critérios usados em cada um deles.
Soluções para a tarefa
Resposta:
A regionalização geoeconômica, proposta por Pedro Geiger em 1969 (ver Figura 1), teve como principal objetivo agregar características geomorfológicas, climáticas, econômicas, ambientais e culturais do território brasileiro. Nota-se a priorização das áreas de transição entre as regiões desta proposta, algo presente em áreas como Economia, Geomorfologia e Climatologia, nestes dois últimos, tal ideação foi trabalhada, por exemplo, algumas vezes pelo geógrafo Aziz Nacib Ab’Sáber (2003)3, com seus domínios de Natureza e as diferentes paisagens do Brasil, dentre outros estudos de caráter multi e transdisciplinar no âmbito geográfico.
Observa-se, nesta regionalização, a transposição das fronteiras dos estados na elaboração de tal proposta de divisão regional, priorizando-se as áreas de infiltração de aspectos e elementos geográficos. De igual modo, encontra-se, neste prospecto regional, intermediações e influências dos aspectos supracitados –principalmente no que diz respeito aos domínios naturais e parâmetros econômicos – e, mais do que isso, um primeiro exercício de pequenas totalizações regionais no âmbito maior do espaço geográfico nacional do Brasil.
REGIONALIZAÇÃO DO IBGE
A regionalização do IBGE, por possuir o maior alongamento histórico, tem diferentes versões em sua evolução. Mudanças regionais e divisões estaduais aconteceram nas últimas décadas, impactando diretamente na modelagem e concreção da proposta. Ao longo dos anos tentou-se contemplar este desenrolar dinâmico da sociedade no espaço havendo, inevitavelmente, limitações às ideações regionais do órgão estatístico e geográfico brasileiro,
3 Entre o corpo espacial nuclear de um domínio paisagístico e ecológico e as áreas nucleares de outros domínios vizinhos – totalmente diversos – existe sempre um interespaço de transição e de contato, que afeta de modo mais sensível os componente da vegetação, os tipos de solos e sua forma de distribuição e, até certo ponto, as próprias feições de detalhe do relevo regional. Cada setor das alongadas faixas de transição e contato apresenta uma combinação diferente de vegetação, solos e formas de relevo. Num mapa em que sejam delimitadas as áreas core, os interespaços transicionais – restantes entre os mesmos – aparecem como se fossem um sistema anastomosado de corredores, dotados de larguras variáveis. Na verdade, cada setor dessas alongadas faixas representa uma combinação sub-regional distinta de fatos fisiográficos e ecológicos, que podem se repetir ou não em áreas vizinhas e que, na maioria das vezes, não se repetem em quadrantes mais distantes. (AB’SABER, 2003, p. 8).