quais são as duas principais rotas de deslocamento dos grupos humanos considerados pelos estudiosos?
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Atravessar o Mar Mediterrâneo é a principal forma que os imigrantes têm para ingressar na Europa e pedir asilo ou refúgio nos países da União Europeia. É por isso que a Itália acaba se tornando uma das principais portas de entrada desses deslocadas para o velho continente e enfrentando problemas com os demais Estados-membros do bloco para a realocação desses indivíduos.
egundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), de 1º de janeiro a 3 de julho deste ano, 98.185 imigrantes chegaram à Europa através de uma das três rotas migratórias que envolvem o Mediterrâneo.
A primeira delas, e que recebe a menor quantidade de pessoas em comparação com as demais, é a rota do Mediterrâneo Ocidental ou Espanhola. Esse caminho tem início no Marrocos e termina na costa da Espanha.
Segundo o Acnur, neste ano ao menos 6,4 mil imigrantes entraram na Europa pelo solo ibérico. Já de acordo com a Organização Mundial da Imigração (OMI), esse número representa um simbólico crescimento de mais de três vezes em relação ao mesmo período de 2016.
Mesmo assim, a quantidade continua a ser menor que das outras duas rotas. Já a segunda rota é a do Mediterrâneo Oriental ou Balcânica.
Esse trajeto começa na Turquia e termina nas ilhas gregas, como a de Lesbos. Chegando em território europeu, os imigrantes costumam a percorrer os países dos Bálcãs, como Hungria, Sérvia e Macedônia, até chegar em destinos pelos quais têm preferência, como Alemanha e Holanda.
De acordo com o Acnur, até o dia 3 deste mês, 9.482 pessoas desembarcaram na Grécia. Esse número, que ainda é preocupante, é bem menor que o do mesmo período do ano passado, quando as chegadas ao país foram de mais de 158 mil.
Essa redução do fluxo se deve principalmente ao acordo assinado entre a União Europeia e a Turquia em março de 2016 que prevê que todos os imigrantes ilegais que chegarem às ilhas gregas podem ser "devolvidos" para território turco, o que acabou "fechando" a rota balcânica, que costumava a ser a mais usada entre os deslocados.
or fim, a terceira rota migratória europeia é a do Mediterrâneo Central. Nela os imigrantes deixam a Líbia e atracam na costa italiana, principalmente em ilhas como a de Lampedusa.
Segundo o Ministério do Interior italiano, entre 1º de janeiro e 1º de julho, 85.042 imigrantes desembarcaram no litoral italiano, um crescimento de 19,4% em relação ao mesmo período do ano passado que acaba transformando o país na principal, mesmo que muito perigosa, maneira de se chegar na Europa.
Por isso, a Itália tenta vez após vez tratar do assunto da crise migratória e da realocação desses deslocados com os outros países da UE, como com o encontro que aconteceu nesta quinta-feira, dia 6, sem muitos resultados positivos, em Talin, na Estônia.
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Imigrantes e refugiados chegando a Europa (Foto: Anadolu Agency/Getty Images)
Atravessar o Mar Mediterrâneo é a principal forma que os imigrantes têm para ingressar na Europa e pedir asilo ou refúgio nos países da União Europeia. É por isso que a Itália acaba se tornando uma das principais portas de entrada desses deslocadas para o velho continente e enfrentando problemas com os demais Estados-membros do bloco para a realocação desses indivíduos.