Quais são as consequências da esfericidade do planeta e inclinação do eixo terrestre para a insolação e as estações do ano ?
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Obliquidade do eixo
Se o eixo de rotação do nosso planeta fosse perpendicular ao plano da eclíptica não existiriam as quatro estações do ano. Assim, nas várias latitudes, a radiação solar recebida seria a mesma em qualquer dia do ano.
Ora, não é nada disto que acontece. A Terra está inclinada com um ângulo que actualmente se situa no valor de 23º 27’ entre o eixo de rotação e a perpendicular ao plano da eclíptica (Vd. Fig. 20).
É esta a razão das quatro estações do ano mas nem sempre se verificou a inclinação actual. A obliquidade tem variado nos últimos milhões de anos entre 21,5 º e 24,5 º dentro de um período de 41 mil anos.
O aumento da inclinação aumenta os contrastes entre Verão e Inverno, nomeadamente nas altas latitudes. Contrariamente ao que se apontou para a excentricidade da órbita, as consequências da obliquidade são as mesmas para os dois hemisférios com o decorrer do ano.
Ou seja, quando a obliquidade é grande os contrastes sazonais acentuam-se igualmente nos dois hemisférios. Do mesmo modo, os contrastes esbatem-se quando a obliquidade é menor e se aproxima da perpendicularidade onde seriam nulos para qualquer dos hemisférios.
As variações da obliquidade afectam os gradientes térmicos latitudinais, como é bom de se ver. Por exemplo, o aumento da inclinação do eixo terrestre aumentaria a energia solar recebida nas altas latitudes no Verão e diminuiria o gradiente de temperatura nas baixas latitudes.
É de salientar que estas variações afectam de modo complexo as trocas de calor entre as várias latitudes e, igualmente, afectam a circulação geral da atmosfera que é primordial para a dinâmica do tempo e do clima.
As estações do Ano.