Filosofia, perguntado por principelima62, 10 meses atrás

Quais são as características e poderes dos deuses Osíris e Seti? ​

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Respondido por gatinhadaadrielly
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Resposta: Osíris (em egípcio: wsjr) é um deus da mitologia egípcia. Oriundo de Busíris, no Baixo Egito, foi, primitivamente, a deificação da força do solo, que faz a vegetação crescer; disto derivou seus atributos posteriores, que o exaltam como o inventor da agricultura e consequentemente o propiciador da civilização, do qual tornou-se uma espécie de patrono. Mais tarde, seus mitos passaram a representá-lo como um mítico faraó que teria governado o Egito em tempos imemoriais, sendo traído por seu próprio irmão, Seth, que o mata para obter o trono. Osíris, vencendo a morte, renasce no Além, tornando-se o Senhor da vida pós morte e juiz dos espíritos que lá chegam. Embora a trajetória de deus da vegetação para deus da vida após morte pareça desconexa e incoerente, o que há de comum nessas atribuições é o conceito de ciclos de vida e renascimento que tanto a vegetação quanto a passagem para o além carregam. Assim, pode-se dizer que, resumidamente, Osíris é o deus do renascimento.

Osíris foi um dos deuses mais populares do Antigo Egito, cujo culto remontava às épocas remotas da história egípcia e que continuou até a era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independência política.

Marido de Ísis e pai de Hórus[1], era ele quem julgava os mortos na "Sala das Duas Verdades", onde se procedia à pesagem do coração ou psicostasia.

Osíris, é sem dúvida o deus mais conhecido do Antigo Egito, devido ao grande número de templos que lhe foram dedicados por todo o país; porém, os seus começos foram os de qualquer divindade local e é também um deus que julgava a alma dos egípcios se eles iam para o paraíso (lugar onde só há fartura). Para os seus primeiros adoradores, Osíris era apenas a encarnação das forças da terra e das plantas. À medida que o seu culto se foi difundindo por todo o espaço do Egito, Osíris enriqueceu-se com os atributos das divindades que suplantava, até que, por fim substituiu a religião solar. Por outro lado a mitologia engendrou uma lenda em torno de Osíris, que foi recolhida fielmente por alguns escritores gregos, como Plutarco. A dupla imagem que de ambas as fontes chegou até nós deste deus, cuja cabeça aparece coberta com a mitra branca, é a de um ser bondoso que sofre uma morte cruel e que por ela assegura a vida e a felicidade eterna a todos os seus protegidos, bem como a de uma divindade que encarna a terra egípcia e a sua vegetação, destruída pelo sol e a seca, mas sempre ressurgida pelas águas do Nilo.

Seth, também referido como Set (em egípcio antigo: stẖ; em grego clássico: Σήθ; transl.: Séth), Setesh, Sutekh, Setekh ou Suty, é um deus egípcio do caos, da seca, da guerra, o senhor da terra vermelha (deserto) onde ele era o equilíbrio para o papel de Hórus como o senhor da terra negra (solo). Em mitos, Seth é o deus da confusão, da desordem e da perturbação, que é enfatizada pela escrita hieroglífica em que o animal de Seth serve como determinante para conceitos negativos (autoritarismo, fúria, crueldade, crise, tumulto, desastre, sofrimento, doença, tempestade). Mestre de trovões e relâmpagos, exerce seu poder nas margens do Egito, que são terras do deserto, áreas áridas e países fora da planície do Nilo. Seth é um deus complexo.

Seu poder desordenado, no entanto, contribui para o equilíbrio cósmico. De acordo com a visão egípcia, as forças destrutivas estão em constante luta contra as forças positivas. Nesse sentido, Seti se opõe a seu irmão Osiris, símbolo de terra fértil e nutritiva. Dos textos das pirâmides, Seti é o rival eterno de Hórus. Durante uma briga, ele lambe o olho de seu oponente que, por sua vez, machuca seus testículos. O antagonismo dos dois deuses ilustra a natureza dupla do faraó que une essas duas forças opostas, mas complementares. Se Hórus é o deus da ordem faraônica, o poder irracional de Seti participa no simbolismo real como uma imagem da força violenta e desencadeada que o rei desdobra contra seus inimigos. Protetor de Rá, Seti luta contra a cobra Apófis e, assim, participa do bom funcionamento do mundo. Embora perturbador e vinculado a forças indiscriminadamente destrutivas, Set, no entanto, é mais um trickster que um demônio maligno, pelo menos em mitos antigos.

Seti matando o demônio serpente Apep

É somente a partir do Terceiro Período Intermediário que a imagem de Seti mancha permanentemente, talvez em resposta às sucessivas aquisições de vários povos estrangeiros sobre o Reino do Egito. Set, associado a potências estrangeiras, torna-se o agente maligno da perda do país. Os mitos sobre Seti o retratam como ambicioso, intrigante, manipulador, com foco no assassinato de seu irmão Osiris. Ele é gradualmente confundido com Apófis, a serpente do caos, apesar da antiga tradição que ele lutou contra ele em nome de Rá. O mundo grego identificou-o com o Tifão, o monstro primordial do caos e uma entidade do mal comparável.

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