quais relacoes podemos estabelecer entre o estqdo minimo eo neolismo
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Com o dinamismo econômico de empresas ligadas a amplos mercados, a preocupação com a qualidade e os preços dos produtos, em meio a competitividade, passaram a ser garantia de lucratividade. Pouco a pouco, caíam as reservas de mercado, que tinham sido conseguidas como barreiras protecionistas favorecedoras de algumas empresas privilegiadas.Num mundo de gigantes empresariais, grande parte das médias e pequenas empresas tiveram de orientar-se pelas estratégias das grandes multinacionais, numa subordinação de iniciativas, a exemplo das terceirizações e franquias. Baixar custos produtivos e adequar-se aos mercados passaram a ser prioridades das unidades produtivas na busca do sucesso econômico. Assim, transferir atividades de uma empresa a outra, fixando-se na área de atuação, terceirizando os serviços, passou a ser constante. Da mesma forma, o direito do uso de uma marca de produtos ou serviços consagrada no mercado também irradiou-se por quase todos os países e regiões.A globalização estimulou a formação (principalmente nos anos 90) de blocos econômicos, associações regionais de livre mercado que derrubaram as barreiras protecionistas. À frente dessas organizações estão o Nafta (Acordo Norte-Americano de Livre Comércio) sob a liderança dos Estados Unidos e envolvendo Canadá e México, a UE (União Européia), tendo a economia alemã como mais forte, e o bloco do Pacífico, sob comando do Japão. Através do Gatt (Acordo Geral de Tarifas e Comércio) e OMC (Organização Mundial de Comércio), a superação econômica das barreiras nacionais ganhou ada vez mais intensidade, abrindo caminhos para integrações até entre os próprios blocos econômicos regionais.A principal força da dinâmica capitalista cabia ao G7 (EUA, Canadá, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Japão), grupo de países ricos, onde estavam as bases dos conglomerados econômicos do mundo. Na prática o G7 poderia ser G3 (EUA, Japão e Alemanha).Às associações econômicas regionais, com diminuição dos protecionismos e atração de investimentos internacionais, acrescentou-se a limitação dos gastos governamentais, com a prevalência da economia de mercado e a busca de um “Estado mínimo”, redirecionando sua atuação e tamanho, com privatizações.A crescente força privada e a crise do Estado intervencionista deram impulso às pregações neoliberais, cujos principais defensores são o austríaco Friedrich Hayek, Prêmio Nobel de Economia em 1974, com suas idéias anti-keinesianas, seguidas pelos norte-americanos Milton Friedman, Nobel de Economia em 1976, e Robert Lucas, Nobel de Economia em 1995, e outros. Na política, as condições favoráveis ao neoliberalismo só se efetivaram com os governos de Margareth Thatcher (1979) no Reino Unido, Ronald Reagan (1980) EUA, e Helmut Kohl (1982) Alemanha, irradiando-se, em seguida, por todo o mundo.Cumprindo a nova lógica do capitalismo globalizado, ganhou intensidade, em todos os países, as privatizações, ampliando os espaços econômicos empresariais e também a subordinação dos Estados minimizados à lógica do mercado internacionalizado.O Estado mínimo envolveu ainda a redução dos gastos públicos (saúde, educação, previdência social, etc) significando, para os países desenvolvidos, o fim do Estado de bem-estar social, e para os países em desenvolvimento, o agravamento do quadro social. Esse fato acentuaria as fraturas sociais de desigualdades entre extremos de pobreza para a maioria e riqueza para um reduzido número de pessoas.À ampliação da criminalidade, marginalidade e exclusão social, juntaram-se inúmeras manifestações populares contra os efeitos da política neoliberal em diversos países, destacando-se a da França, em que uma greve, no fim de 1995, quase paralisou o país.Por outro lado, a “Terceira Revolução Industrial” troxe a questão do desemprego, como decorrência do uso de altas tecnologias produtivas, ou como resultado da reformulação e otimização produtiva empresarial, incluindo-se o remanejamento e demissão de funcionários e o enxugamento estatal. Segundo relatório de 1994 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) perto de 30% da população economicamente ativa do mundo, cerca de 820 milhões de pessoas, estavam desempregadas ou subempregadas, constituindo a pior crise global de emprego desde a depressão que se seguiu à crise de 1929.Diferentemente da Primeira Revolução Industrial (fins do século XVIII), e da Segunda (século XIX), a época do capitalismo global encontrou boa parte dos movimentos trabalhistas e sindicais em refluxo e fragilizados. Além disso, a globalização abriu a possibilidade da escolha de mão-de-obra mais barata em todo o mundo, contando com grande oferta de trabalhadores e as reestruturações produtivas.A timidez das lutas trabalhistas e a fragilidade sindical ligavam-se às mudanças tecnológicas. Isto é, boa parte do trabalho em massa nas grandes indústrias passou a ser feito em intensivamente e com menos mão-de-obra, graças a alta tecnologia e a filiação de trabalhadores às organizações também declinou.
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