Geografia, perguntado por phpaulo2234, 1 ano atrás

Quais problemas voce acha que as pessoas que vivem proximo do rio Pinheiros enfrentam?

Soluções para a tarefa

Respondido por AmalhaaAlves
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OBS: A resposta que vc que esta nos parágrafos 3, 4 e 5 mais coloquei todas as informações do rio caso vc precise

Segundoo dados da Secretaria de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo. o rio Pinheiros tem uma vazão reduzida, de apenas 10 mil litros/segundo (média anual), ao passo que o rio e sua bacia recebem 10.9 mil litros de esgoto (sendo, de acordo com a Sabesp, 82% do esgoto tratados). O grande volume de água aparente do rio se deve às represas presentes no mesmo, fazendo com que o rio Pinheiros seja na realidade uma série de lagoas, que transfere água lentamente ao rio Tietê. Isso torna a despoluição do rio complexa, lenta e onerosa, já que num corpo d'água corrente, a natureza oxigena o rio, degradando a matéria orgânica.

O rio Pinheiros e sua bacia são alvo de 290 indústrias e dejetos de 400 mil famílias, sendo enquadrado na Classe nº 4 pelo Decreto Estadual nº 10.755/77, tendo como referência a classificação conceituada pelo Decreto Estadual nº 8.468/76. Isso significa que a água é totalmente poluída e só pode ser destinada à navegação e à harmonia paisagística. De acordo com a CETESB, em 2009, o Índice de Qualidade das Águas (IQA) do rio Pinheiros era 28 (Ruim) na saída da Represa Billings, e 20 (Ruim) no deságue no rio Tietê. Para efeitos comparativos, o IQA da Represa Billings variava de 53 a 81 (Bom/Ótimo).

A poluição do rio afeta a vida diária das pessoas que moram e trabalham na região. A decomposição dos dejeitos domésticos leva à formação de gás sulfídrico, principal responsável pelo mau odor do rio. O fedor pode ser sentido na Marginal Pinheiros, na Linha 9 da CPTM, na ciclovia na margem do rio, e por exemplo, no Shopping Cidade Jardim

Um risco à saúde decorrente da poluição é a grande presença de mosquitos da espécie Culex quinquefasciatus em todo o curso do rio. Sugere-se que a proliferaçào de mosquitos é causada pela escassez de peixes, predadores naturais da larva do mosquito.


Capivaras na Universidade de São Paulo, próximo à Via Professor Simão Faiguenboim. Muitas outras espécies de animais também vivem ao longo do rio.

Projeto de despoluição através de flotação (2001-2011)

Em 1 de janeiro de 2001, o então governador Geraldo Alckmin anunciou um projeto de despoluição do rio, orçado em 100 milhões de dólares estadunidenses, e baseado na técnica de flotação. Uma das ideias da despoluição era permitir que a água do rio seja bombeada para a Represa_Billings, utilizada no abastecimento de água. A justificativa apresentada pelo então secretário do Meio Ambiente, Ricardo Tripoli, para a escolha da tecnica de flotação é que este sistema seria o mais eficiente, rápido e de menor custo, lembrando que o sistema vinha sido testado com sucesso em dois canais na praia da Enseada, no Guarujá, e nos lagos dos parques da Aclimação e Ibirapuera.

O projeto no entanto recebeu duras críticas, devido a tanto a questionabilidade da eficácia do método de flotação como à ideia de bombear água do Pinheiros, tratada usando este método, para a Represa Billings. Uma das críticas era que a flotação não remove metais pesados e poluentes orgânicos e inorgânicos na forma solúvel, e também poluentes organoclorados, bifenilas policloradas e hidrocarbonetos aromáticospolicíclicos; substâncias estas preocupantes em relação à qualidade das águas para a saúde pública, posto que biocumulativas, cancerígenas e mutagênicas

Em março de 2010, testes conduzidos pelo então governador José Serra mostraram que os resultados do processo de despoluição, embora indicavam certas melhoras, estavam aquém do esperado e não permitiriam o bombeamento da água do rio para a Billings. Segundo o promotor José Eduardo Ismael Lutti, "A qualidade da água obtida nos testes não atende os padrões legais e certamente virá a causar danos irreversíveis à Billings e, possivelmente, em consequência, à Guarapiranga, tanto sob o ponto de vista ambiental quanto no de saúde pública."

Finalmente, após 10 anos e cerca de 160 milhões de reais gastos, em setembro de 2011, o governo do estado de São Paulo desistiu de plano de limpeza do rio Pinheiros baseado na técnica de flotação.

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