QUAIS PRINCIPAIS PROPOSTAS E QUE RESULTADOS OS IRMÃOS GRACO OBTIVERAM EM SUA LUTA PELO SEM-TERRAS EM ROMA?
Soluções para a tarefa
leis relacionadas com a questão agrária, destacam-se duas: a tentativa de realizar reforma agrária em terras da Sicília e de onde ficava a cidade de Cartago (atual Tunísia) e a estipulação de uma quantidade de grãos a ser vendida a valores baixos para todo cidadão romano.
As leis demonstravam a preocupação de Caio em garantir acesso à terra para os despossuídos e acesso a alimentos para os mais pobres. Isso porque Roma era abastecida pela produção de Sicília, Sardenha e do norte da África, mas quando a produção nesses locais era insuficiente, o preço da comida em Roma disparava e prejudicava os mais pobres.
Essa proposta fazia com que certa quantidade de grãos fosse mensalmente vendida a preços baixos por meio de subsídios disponibilizados pelo próprio Estado. Mary Beard afirma que Caio preocupou-se em desenvolver uma estrutura mínima para viabilizar sua intenção, e, assim, foi organizado um local para armazenamento e distribuição dos alimentos. Além disso, recursos foram disponibilizados para a compra desses grãos e um sistema que permitia controlar quem tinha e quem não tinha recolhido sua parte foi desenvolvido.
No caso da reforma agrária, ele estipulou a criação de colônias na Sicília e em Cartago, mas sua ideia foi barrada. A atuação de Caio e suas leis, sempre voltadas para a defender o povo, foram entendidas pelos membros do Senado como uma ameaça. Eles acreditavam que Caio queria tornar-se popular entre os pobres para garantir apoio caso ele desejasse tornar-se rei.
Caio, assim como Tibério, acabou tornando-se alvo quando uma pequena confusão iniciou-se em Roma. Em 121 a. C., um inimigo de Caio ofendeu-o publicamente e por isso foi atacado e morto pelos apoiadores de Caio. Em consequência disso, o Senado acabou aprovando uma lei que o permitia executar, sem julgamento, qualquer pessoa que fosse encarada como uma ameaça para o Estado.
Essa lei desencadeou uma grande perseguição a Caio e seus apoiadores, e, no decorrer dessa situação, Caio morreu. Os historiadores não sabem ao certo se ele foi assassinado ou se ele suicidou para evitar ser espancado até a morte. Outros três mil seguidores de Caio foram mortos tendo como base o vácuo dessa autorização do Estado para executar pessoas enxergadas como “ameaça” para Roma. As reformas de Caio, menos a de distribuição de grãos, foram revertidas depois de sua morte.
As mortes de Tibério e Caio Graco mostraram a disposição das autoridades romanas em perseguir e silenciar todos aqueles que procurassem realizar reformas mais radicais e que desagradassem os interesses dos ricos romanos.