Quais países que ocorrem tsunami?
Soluções para a tarefa
A Tailândia e outros 13 países lembraram hoje os dez anos de uma tragédia que abalou o mundo: o tsunami no Oceano Índico.
Houve cerimônias em diferentes pontos da Ásia. Gente ainda buscando explicação, quase sempre na fé, para a tragédia de dez anos atrás. Em uma cidade da Índia, uma mulher chorou a morte dos cinco filhos.
Era manhã de 26 de dezembro quando o mar invadiu cidades costeiras da Ásia. Um tsunami.
"Barcos, casas, tudo foi levado embora. Eram grandes ondas", relembra uma pescadora.
Tudo começou com um terremoto de 9 graus, bem próximo à costa noroeste da ilha de Sumatra, na Indonésia.
Como uma pedra jogada nas águas de um lago, ondas se formaram e atingiram, além da Indonésia, a Malásia, Tailândia, Myanmar, Índia, Sri Lanka, chegando até a Somália, na África, a 5 mil quilômetros de distância.
Algumas ondas podem ter ultrapassado os 15 metros de altura. A água formava uma correnteza que destruía o que havia pela frente. O número de mortos chegou a 286 mil, a maior parte na Indonésia. Até hoje, milhares de pessoas não foram encontradas.
Dez anos depois, as lições se espalharam pela Ásia. Diversos países ampliaram suas forças de prevenção e resgate. Mas foi a maneira como se encarou a tragédia e suas consequências que determinou o destino de comunidades inteiras.
Na Índia, onde pelo menos 16 mil pessoas foram vítimas das ondas gigantes, o desencanto permanece.
No estado de Tamil Nadul, pescadores dizem que nada mudou. Uma senhora lamenta: "Perdemos nossas crianças, vizinhos, tudo. O governo tentou nos ajudar, mas continuamos pobres, oprimidos".
Já na Indonésia, a tragédia serviu para curar antigas feridas. Na centenária mesquita de Banda Aceh, a cidade mais atingida, orações e lágrimas para lembrar os mortos e agradecer pela paz.
Logo depois do tsunami, tropas do governo e rebeldes que lutavam pela independência chegaram a um acordo pelo fim do conflito.
"Antes do tsunami, tínhamos uma guerra. Mas, depois, não lutamos mais uns com os outros, vivemos em harmonia", afirma o líder religioso local, Azman Ismail.