quais os tipos de relações sociais desenvolvidas pelo capitalismo segundo a teoria clássica e a teoria marxista?
Soluções para a tarefa
Existe um pequeno erro no enunciado da questão, Karl Marx também faz parte do grupo da sociologia clássica, junto com Max Weber e David Émile Durkheim.
Chega a ser raro encontrar pessoas que conheçam bem as idéias de Marx, talvez porque seu pensamento seja mais aberto, possibilitando diferentes interpretações. Arrisco até a dizer que economistas podem interpretá-lo melhor do que cientistas sociais, pois Marx se ateve demais aos fatores econômicos em suas teorias. Para ele, a mercadoria é a base de todas as relações sociais, esta é a ideia central na qual gira sua obra. O capitalismo fez com que as relações sociais se tornassem mercadoria, o que chamou de mercantilização.
Em Marx encontramos o conceito de fetichismo, no qual a separação entre mercadoria e trabalhador mascara o caráter social do trabalho. O fetichismo se dá quando a relação entre os valores aparece como algo natural, independente de quem criou aquele objeto e impede que se veja o que há por trás das relações sociais. O maior exemplo de fetichismo que o autor assinalou foi a mais-valia, que consiste na diferença entre o valor final da mercadoria produzida e a soma dos valores dos meios de produção e do valor do trabalho.
Max Weber afirmava que relação social não é o encontro de pessoas, mas a consciência delas do sentido da ação. A relação social é probabilística, fundamentando-se na probabilidade de que ocorra determinado evento, incluindo oportunidade e risco. A vida social é totalmente instável e a única coisa estável é a possibilidade de escolha. Neste caso, não existem determinismos sobre a o que se tornará a sociedade e as análises sociológicas são baseadas em probabilidades, ao invés de verdades.
Para Durkheim, o social cria representações coletivas, que seriam atitudes comuns de uma determinada coletividade, em uma época específica. Esta representação é independente dos indivíduos, porque estes não teriam poder criativo. Segundo o autor, o social determina o indivíduo, como se cada um portasse em si a marca do social, e esta determinasse suas ações.
Essas representações coletivas são por ele denominadas "solidariedade", que seria mais uma comunhão de idéias, um compartilhamento de regras, do que um conceito de bondade.