Saúde, perguntado por ravenawicoff, 1 ano atrás

quais os tipos de fibras musculares que encontramos nas atividades aerobicas e naerobicas?

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Respondido por Lorenzo1111111
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 são também chamadas de Tipo I ou de contração lenta e as brancas de Tipo II ou de contração rápida. A classificação das fibras foi feita por pesquisadores através das suas características contráteis e metabólicas. 

De forma resumida você pode ver as diferenças entre os dois tipos de fibra: 
FIBRAS DE CONTRAÇÃO LENTA (Tipo I) 
- Sistema de energia utilizado: AERÓBICO; 
- Contração muscular lenta; 
- Capacidade oxidativa (utiliza o oxigênio como principal fonte de energia); 
- Coloração: Vermelha (devido ao grande número de mioglobina e mitocôndrias); 
- São altamente resistentes à fadiga; 
- São mais apropriadas para exercícios de longa duração; 
- Predomina em atividade aeróbicas de longa duração como natação, corrida. 

FIBRAS DE CONTRAÇÃO RÁPIDA (Tipo II) 
- Sistema de energia utilizado: ANAERÓBICO; 
- Alta capacidade para contrair rapidamente (a velocidade de contração e tensão gerada é 3 a 5 vezes maior comparada às fibras lentas); 
- Capacidade glicolítica (utiliza a fosfocreatina e glicose); 
- Coloração: Branca; 
- Fadigam rapidamente; 
- Gera movimentos rápidos e poderosos; 
- Predomina em atividades anaeróbicas que exigem paradas bruscas, arranques com mudança de ritmo, saltos. Ex.: basquete, futebol, tiros de até 200 metros, musculação, entre outros. 

Os dois tipos estão presentes em todos os grupos musculares do organismo, no entanto, há o predomínio de um tipo sobre o outro dependendo do músculo e de fatores genéticos. Durante uma partida de futebol, por exemplo, ambos os tipos de fibra contribuem para a execução do movimento, o que difere é o número de unidades motoras (junção de inúmeras fibras musculares) de cada tipo que serão recrutadas. 

No caso, do atleta precisa dar um arranque para não deixar a bola sair ou saltar para cabecear, as fibras rápidas (tipo II) é que serão enfatizadas pela musculatura envolvida no movimento. Mas, nem por isso, as fibras tipo I ficaram inativas nesse momento. Homens, mulheres e crianças possuem 45% a 55% de fibras de contração lenta nos músculos de membros inferiores e superiores. Não há diferenças sexuais, porém a distribuição das fibras varia de indivíduo para indivíduo. 

No atletismo, por exemplo, é fácil perceber a diferença. Atletas que correm longas distâncias possuem predominantemente fibras de contração lenta (90% a 95% no músculo gastrocnêmio, popular panturrilha) e os velocistas fibras de contração rápida. Já os atletas que competem em provas de meio-distância possuem percentuais aproximadamente iguais dos dois tipos de fibra. 

O principal fator que influencia nessa variação do tipo de fibra muscular entre cada indivíduo é a genética, porém o treinamento físico é capaz de modificar até certo ponto a predominância de cada tipo de fibra muscular. Isso é possível, porque além desses dois tipo, a fibra Tipo II possui uma subdivisão, chamada de fibra intermediária ou Tipo II a que possuem características oxidativas e glicolíticas. 

O treinamento físico aeróbico é capaz de estimular a capacidade oxidativa desse tipo de fibra, promovendo ao indivíduo um maior número de fibras capazes de resistir à fadiga, ou seja, as fibras II a adquirem maior característica do Tipo I. A ênfase no treinamento anaeróbico, por outro lado, como treinos de força, estimula a capacidade glicolítica, gerando maior força e potência muscular, porém se tornando menos resistente à fadiga. Apesar de o treinamento físico promover considerável modificação nas fibras musculares, a genética é o principal fator determinante no tipo de fibra que cada pessoa possui. 

Por isso, principalmente no ambiente de academias costuma-se dizer que quem nasceu lagartixa jamais será crocodilo, elucidando o fato de algumas pessoas treinarem, mas atingirem um platô no ganho de massa muscular (hipertrofia muscular) em determinado momento. Fatores hormonais, neurais, nutricionais e ambientais também influenciam no desempenho de cada pessoa. O importante é saber que seu corpo é único e sempre terá respostas diferentes ao treinamento em comparação ao de outra pessoa. A variação na distribuição e número de fibras musculares é apenas uma das diversas diferenças no organismo de cada um. 

Referências: 
MCARDLE, W.; KATCH, F.; KATCH, V. L. Fisiologia do Exercício: Energia, Nutrição e Desempenho Humano. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2003. 
FOX. E, KETEYIAN, S. J.; FOSS, M. L. Bases Fisiológicas do Exercício e do Esporte. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 1998.


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