Filosofia, perguntado por sadrielcrp7tec1, 1 ano atrás

Quais os riscos do conhecimento da filosofia?​

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Respondido por barbara9795
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A noção de que o conhecimento pode ser perigoso não é nova, já foi utilizada na própria Biblia. Segundo o relato do Livro do Gênesis, Adão foi expulso do paraíso por ter comido a fruta da árvore do conhecimento.

Samuel Johnson (1709-1784), em seu romance Rasselas, o Príncipe da Abissínia, de 1759, escreveu:

A integridade sem conhecimento é débil e inútil e o conhecimento sem integridade é perigoso e temível.

 Em 1963, Karl Popper, citado por Ben-David, afirmou:

A ciência e o crecimento do conhecimento estão sempre partindo de problemas e talvez terminando em problemas - problemas de profundidade sempre crescente e com uma fertilidade sempre crescente para sugerir novos problemas.

 Van Rensselaer Potter, baseando-se em um artigo seu publicado em 1967, definiu conhecimento perigoso como sendo aquele conhecimento que se acumulou muito mais rapidamente que a sabedoria necessária para gerenciá-lo.

Ele caracterizava a sabedoria como o conhecimento necessário para utilizar o conhecimento para o bem social. O conhecimento torna-se perigoso nas mãos de especialistas aos quais falta um referencial amplo para visualizarem todas as implicações de seu trabalho.

Isto tornou-se evidente, em 1974, quando um grupo de pesquisadores sugeriu uma moratória nas pesquisas que envolvessem manipulação genética. Esta sugestão foi publicada simultaneamente nas revistas Nature e Science. Em abril deste mesmo ano, esta moratória foi discutida e implantada em uma reunião científica realizada no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Esta moratória permaneceu até fevereiro de 1975. Nesta data foi realizada uma nova reunião de cientistas, envolvendo 140 especialistas norte-americanos e estrangeiros, no que ficou sendo conhecida como Reunião de Asilomar. Nesta ocasião ficou decidido que o Comitê Assessor para DNA recombinante (RAC), que havia sido criado em 1974, seria o responsável pela elaboração das diretrizes de Asilomar para a segurança dos experimentos com DNA recombinante. Este documento ficou pronto em 23 de junho de 1976.

Em 1982, Edgar Morin, no seu livro Ciência com Consciência, apresentou sua preocupação com uma observação que se observa a si mesma, desenvolve-se e metamorfoseia-se em preocupação permanente de um conhecimento que se conhece a si mesmo. Assim formulou o problema central de um conhecimento do conhecimento, e singularmente do conhecimento do conhecimento científico. Desta reflexão é que surgiu o título "Ciência com Consciência".

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