Quais os princípios básicos do pensamento liberal e socialista?
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Resposta:
Os princípios básicos do liberalismo são:
individualismo econômico: o bem-estar social é resultado da prosperidade individual.liberdade econômica: a economia, como as demais ciências, é sujeita às leis naturais e, portanto, deve funcionar livre de intervenções. Trata-se de uma reelaboração da ideia fisiocrata do laissez-faire, laissez-passer – condenação clara aos entraves mercantilistas do Antigo Regime.obediência às leis naturais, como explicitado acima;liberdade de contrato entre as partes: a relação entre empregado e empregador deve ser feita com base no livre acordo entre ambos, sem intermediação do Estado ou dos sindicatos.livre-concorrência e livre-cambismo: eliminação do protecionismo praticado pelas nações europeias entre os séculos XV e XVIII. A livre-concorrência estimula a produtividade e a melhoria técnica, beneficiando os consumidores. Os princípios básicos do Socialismo Saint-Simon: adepto das ideias iluministas, escreveu Cartas de um Habitante de Genebra a seus Contemporâneos, em que propõe a formação de uma sociedade em que não haveria ociosos nem a exploração do homem pelo homem. O trabalho, fraternalmente repartido e igualmente apropriado, seria realizado por todos com prazer e naturalidade. Defendia também a divisão da sociedade em três categorias: os sábios – que deveriam, juntamente com os artistas, conduzi-la –, os proprietários e os despossuídos.Charles Fourier, também inspirado pelo pensamento iluminista, sobretudo pelos ensinamentos de Rousseau, acreditava que era possível reorganizar a sociedade com base nos falanstérios – fazendas coletivistas agroindustriais e autossuficientes.Robert Owen, tornou-se famoso mais por seu pragmatismo do que por seu intelecto. Procurou melhorar a qualidade de vida dos operários por meio da instrução. Acreditava que só uma pessoa bem preparada poderia trabalhar com dedicação e qualidade. Chegou a aplicar parte de suas ideias em empresas da Escócia e, instalado nos Estados Unidos, criou a comunidade New Harmony, em que aplicou suas ideias de formação integral do indivíduo.
Explicação: Ainda na primeira metade do século XIX, surgiram doutrinas econômicas e sociais que procuravam explicar as origens da burguesia e do proletariado e do antagonismo social entre essas duas classes. O liberalismo, herdeiro do pensamento iluminista do século XVIII, expressava o ponto de vista da burguesia, defendendo o capitalismo. Já o socialismo, em suas versões utópica e científica, expressava o ponto de vista do proletariado e propunha a abolição do capitalismo. Os intelectuais socialistas acreditavam que o capitalismo era a fonte de todos os males que assolavam o proletariado.
O LIBERALISMO: Nascido na Inglaterra durante a Revolução Industrial, tendo sido fundado pelo economista Adam Smith (A Riqueza das Nações, 1776), o liberalismo defende o ponto de vista da burguesia e, obviamente, do capitalismo. Sua ideia central é a da não intervenção do Estado nos assuntos econômicos. O liberalismo ensina que a intervenção do Estado em assuntos econômicos é não apenas desnecessária, mas até prejudicial, pois a economia, como as demais ciências, é regida por leis naturais e imutáveis.
O SOCIALISMO: Em oposição às ideias defendidas pelo liberalismo, surgiu o socialismo, cujo princípio fundamental é a crítica à propriedade privada e às classes sociais – em suma, ao capitalismo. Todavia, entre os socialistas havia divergências a respeito de qual estratégia deveria ser empregada na luta contra o capitalismo. Nasceram, portanto, duas tendências dentro da doutrina: o socialismo utópico e o socialismo científico.
Doutrina que expressa o ponto de vista do proletariado, apesar de seu comprometimento com o liberalismo. Nasceu na França, mas atingiu partes da Europa oitocentista. Tecia severas críticas à ordem capitalista-burguesa, mas não oferecia alternativas viáveis na prática. Tratava-se de uma visão até romântica sobre a maneira de se atingir o socialismo.
Os socialistas utópicos acreditavam na capacidade transformadora do homem, cujas vontades e paixões eram o combustível necessário à transformação social. Defendiam a abolição da propriedade privada e a instauração de sociedades igualitárias, em que vigorasse a justiça.