Quais os principais razões da civilização grega?
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Resposta:
Entre as civilizações europeias nascidas na Antiguidade, a civilização grega foi aquela que legou ao mundo ocidental elementos essenciais para a sua constituição. Foi na Grécia Antiga que apareceram, por exemplo, a concepção democrática de governo, na cidade de Atenas, e o processo de racionalização (da busca pelo “logos”, pela razão) da realidade com o método filosófico, em cidades como Mileto e Samos. A medicina ocidental também tem suas bases nos métodos dos gregos Hipócrates e Galeno.
O primeiro passo para compreender a civilização grega é saber como eles próprios se compreendiam. Para tanto, faz-se necessário saber que os gregos não viviam em um país, em um Estado-Nação, tal como hoje, mas em cidades-estados independentes. O conjunto dessas cidades-estado formava a Hélade, e os gregos eram conhecidos como helenos. As cidades-estado eram conhecidas como poleis, plural de “pólis”, palavra da qual deriva o termo “política”.
O período de formação da pólis grega é conhecido como Período Arcaico e compreende uma extensão de dois séculos, indo de 800 a 500 a.C. Antes desse período, houve outros dois, que serviram de base para o florescimento das principais cidades gregas: Período pré-homérico, de 2.000 a 1.100 a.C., e o Período homérico, de 1.100 a 800 a.C. No primeiro, prevaleceram na região banhada pelo Mar Egeu as civilizações micênica e minoica (essa última desenvolveu-se na ilha de Creta). Já no Período homérico, houve a formação dos genos, isto é, dos clãs familiares que seriam a base para o surgimento das poleis.
Explicação:
No desenvolvimento da pólis na Grécia, a dissolução das comunidades gentílicas se constituiu como um primeiro passo para o alcance de uma nova formação social. Até o Período Homérico (XII a.C. – VIII a.C.), as famílias gregas estavam situadas em pequenas unidades agrícolas em que o trabalho e a riqueza produzida eram igualmente divididos. Nesses moldes, a terra tinha uso coletivo e as atividades eram organizadas pela figura do pater.
Ao fim desse período, observamos que as comunidades gentílicas entraram em crise a partir do momento em que as técnicas de produção não conseguiam distribuir recursos iguais entre os integrantes da comunidade. Com o passar do tempo, as terras mais férteis tiveram o seu acesso restrito aos parentes mais próximos ao pater. Com isso, muitos integrantes das comunidades acabaram se subjugando ao poder dos grandes proprietários ou se dirigindo para outras ocupações econômicas.