Quais os malefícios das vitaminas A
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Resposta:
A hipervitaminose, ou envenenamento por vitaminas, ocorre quando o indivíduo ingere altos níveis de vitaminas, que pode levar à intoxicação. O quadro clínico irá depender da substância, mas é geralmente mais grave quando o paciente tem grandes quantidades de vitamina A e D no organismo, já que com outras não é tão habitual, uma vez que elas são eliminadas, normalmente, através da urina.
Explicação:
A hipervitaminose dificilmente se dá pelo consumo excessivo de alimentos ricos em vitaminas, mas sim pela ingestão indiscriminada de suplementos vitamínicos. Por isso, é muito importante seguir as recomendações do médico na hora de usar qualquer tipo de medicamento -, adverte o dermatologista com prática em oxidologia Amilton Macedo.
Na hipervitaminose A, os sintomas iniciais da intoxicação crônica são o cabelo escasso e áspero, a queda parcial das sobrancelhas, as rachaduras labiais e a pele seca. As cefaleias intensas, a hipertensão intracraniana e a fraqueza generalizada são manifestações tardias.
Em crianças, as excrescências ósseas e as dores articulares são comuns. Além disso, o fígado e o baço também podem aumentar de tamanho.
Segundo Macedo, o diagnóstico de intoxicação pela vitamina A é baseado nos sintomas e na concentração anormalmente alta do composto no sangue. Os sintomas desaparecem quatro semanas após a interrupção do uso do suplemento.
No caso de hipervitaminose causada pela ingestão excessiva de vitamina B, quando se trata da B12 (cianocobalamina), pode levar a reações alérgicas e alterações esplênicas. Quando a intoxicação for, por sua vez, por vitamina B1 (tiamina), pode levar a uma vasodilatação periférica, queda na frequência respiratória, convulsões, e até óbito por paralisia do centro respiratório.
Quando o excesso é de vitamina D, os sintomas só aparecem meses após a administração de altas doses dessa substância, podendo causar graves danos aos ossos e uma fragilidade dos tecidos e dos rins. Provoca também um aumento exacerbado de cálcio sanguíneo, retirando este mineral dos ossos para a corrente sanguínea, que tende a ser depositado nos tecidos moles do organismo. Em razão disso, pode haver a formação de litíases renais, pois o sangue tentará excretar o cálcio, além de esclerose dos vasos sanguíneos.
O dermatologista explica que o tratamento consiste na interrupção do uso do suplemento de vitamina D e na instituição de uma dieta pobre em cálcio, que visa reduzir os efeitos da concentração elevada do mineral no organismo. O médico também pode prescrever corticosteroides para reduzir o risco de lesão tissular, e cloreto de amônio, para manter a urina ácida, reduzindo o risco de formação de cálculos de cálcio.