Quais os maiores problemas do SUS?
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O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (1º) um levantamento dos problemas de atendimento em hospitais conveniados ao SUS.
É a primeira vez que a saúde pública passa a ter nota. São 24 indicadores como, por exemplo, a cobertura da população pelas equipes básicas de saúde, a proporção de partos normais e a taxa de mortalidade das pessoas que chegam aos hospitais com infarto.
Com esses dados, o governo fez um indicador que mede o acesso da população a todo tipo de serviço e a eficiência da saúde no Brasil. De 0 a 10, a nota nacional foi 5,4.
O índice de desempenho do SUS mostrou que o maior problema no país é o acesso. Os pacientes têm dificuldade em conseguir atendimento, principalmente nos hospitais, e para os procedimentos mais complexos.
Cerca de 27% da população vive em cidades com nota abaixo de 5. Entre os municípios mais ricos, com boa estrutura, o Rio de Janeiro tem a pior nota: 4,3. O mais difícil na capital fluminense, segundo o ministério, são as consultas especializadas nos hospitais e ambulatórios.
A maior nota entre as cidades desse mesmo grupo é a de Vitória: 7. Lá, o atendimento dos casos mais complexos é considerado muito bom pelo ministério.
Dona Tereza faz, na cidade, o tratamento de câncer no pâncreas, descoberto no ano passado. Ela ficou surpresa com o que encontrou no hospital. “Muito bem atendida. Sinceramente, desde os médicos, a rádio, a químio. Estou surpresa”, revela.
Na comparação entre os estados, o primeiro lugar é de Santa Catarina: 6,2. A pior avaliação é a do Pará: 4,1. Todas essas notas vão ser usadas, a partir de agora, para decidir metas e liberação de mais recursos para estados e municípios.
“Será um indicador para avaliar a melhoria da fotografia de hoje para daqui a três anos. E quem melhorar o seu desempenho merece receber mais recursos como incentivo dessa melhoria do desempenho”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro disse que os dados usados pelo ministério retratam a situação até 2010. E que, desde o ano passado, os investimentos aumentaram.
A Secretaria Estadual de Saúde do Pará preferiu se pronunciar só quando tiver conhecimento de todos os dados do levantamento.