QUAIS OS INDÍCIOS SOBRE A CRENÇA DA REENCARNAÃO?
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Resposta:
HINDUÍSMO – Para os hinduístas, a alma é imortal; após a morte, passa um tempo variável em outro plano de existência e depois retorna, associada a outro corpo. As condições nas quais o ser nasce são derivadas de seu carma, ou o resultado de sua conduta nas suas vidas anteriores. Por isso, é possível reencarnar como vegetal ou animal, ou com sexo diferente do experimentado na encarnação anterior. A vida na Terra é considerada indesejável, e para não voltar a este plano o ser deve seguir determinados preceitos religiosos. Quando atinge o grau evolutivo em que suas ações só resultam em conseqüências positivas, o indivíduo interrompe o ciclo de renascimentos e se une em definitivo ao mundo espiritual (nirvana).
BUDISMO – O conceito de reencarnação budista é derivado do hinduísmo, com algumas diferenças. O budismo theravada (mais comum no sul da Ásia) propõe a doutrina de anatta, pela qual a morte encerra a existência de um ser, mas serve de base para o nascimento de um outro, primeiramente em um plano não-material e depois no reino terrestre. A lei de ação e reação, ou carma, também interfere nesse ciclo, motivo pelo qual os budistas preferem falar em renascimento, em vez de reencarnação. As vidas podem se suceder por vastos períodos de tempo, e nelas também pode haver nascimento com troca de sexo ou em forma não humana (inclusive como deuses, que para Buda têm existência transitória). A ruptura desse ciclo e a conseqüente chegada ao nirvana só vêm quando todos os vícios são dominados.
XIISMO MUÇULMANO – Alguns grupos de muçulmanos da Ásia ocidental, como os drusos (Líbano) e os alevitas (Turquia), adotam um conceito de reencarnação que não envolve carma nem a possibilidade de renascimento como um ser do outro sexo. Para essas correntes, Deus estabelece que as almas viverão uma série de existências em circunstâncias diversas, as quais não têm relação de causa e efeito entre si; no dia do Julgamento Final, Deus analisa as ações realizadas nessas diferentes encarnações e destina então o indivíduo para o céu ou o inferno. Para os drusos, não há estado intermediário entre uma vida e outra; a reencarnação ocorre logo depois da morte do corpo anterior, e sempre no seio da comunidade drusa. Os alevitas aceitam a possibilidade de o indivíduo reencarnar em forma não humana.
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