Geografia, perguntado por julindo2004pbrg5f, 8 meses atrás

Quais os impactos econômicos na Petrobras com os escândalos de corrupção apontados nas investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal?

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Respondido por MARSHALLOW
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Resposta:

Explicação:

Deflagrada em 2014 pela Justiça Federal, a Operação Lava Jato investiga um grande esquema de lavagem e desvio de dinheiro no país. As investigações que deram origem a essa operação começaram em 2009 com a apuração de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o ex-deputado federal José Janene (Londrina-PR), Alberto Youssef e Carlos Habib Chater (empresários apontados como doleiros responsáveis pela lavagem de milhões de reais) e expandiram-se conforme o extenso esquema de lavagem e desvio de recursos públicos foi sendo descoberto.

Nas primeiras fases da apuração, uma rede de doleiros, ou seja, de pessoas responsáveis pela movimentação de recursos públicos desviados, que atuava em várias regiões do Brasil por meio de empresas de fachada, contas em paraísos fiscais e contratos de importação fictícios, foi identificada. De acordo com o Ministério Público Federal, nas duas primeiras fases da operação, foram executados 119 mandatos de busca e apreensão, 30 mandatos de prisão e 25 mandatos de condução coercitiva. Entre os presos, estavam Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras) e Alberto Youssef, que realizaram um acordo de delação premiada, isto é, contribuição com as investigações em troca de benefícios.

Com o aprofundamento das investigações, favorecido pelas delações premiadas, descobriu-se um grande esquema de corrupção envolvendo a Petrobras (maior empresa pública do país), vários políticos do país (principalmente do PP, PT e PMDB), as maiores empreiteiras brasileiras (Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS, Camargo Correia, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, Engevix e UTC) e diversas empresas de outros ramos (redes de postos de combustíveis e lava jato, rede de hotéis etc). O esquema envolvia ainda grandes obras públicas de infraestrutura, como a construção da Usina Nuclear Angra 3, a Ferrovia Norte-sul e as obras realizadas para a Copa do Mundo (reforma do Maracanã).

O esquema funcionava a partir da cobrança de propina para facilitar as negociações das empreiteiras com a Petrobras e a aquisição de licitações para a construção das grandes obras públicas. Os contratos entre as empreiteiras e demais empresas que faziam parte do acordo eram superfaturados para facilitar o desvio de dinheiro público, que era recebido pelos doleiros e outros operadores responsáveis por repassá-lo a políticos e funcionários envolvidos no sistema. A rede de beneficiários que recebiam o dinheiro desviado englobava diretores da Petrobras, políticos e até mesmo partidos políticos, como o PT e o PP, que teriam direito, de acordo com dados divulgados pelo Estadão, a 2% do valor do contrato em propina.

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