Artes, perguntado por nienie, 9 meses atrás

quais os elementos que compõem a obra de "a boneca" de Tarcila do Amara-l 1928???​

Soluções para a tarefa

Respondido por alineribeiroo139
0

Resposta:

Tarsila do Amaral foi uma pintora e desenhista brasileira, uma das artistas centrais da pintura brasileira e da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatti. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugurou o movimento antropofágico nas artes plásticas.

Juntamente com Candido Portinari, Di Cavalcanti, José Pancetti e alguns outros pintores, Tarsila; dona de referência bibliográfica invejável – creio que sobre ela e sua arte todos os aspectos importantes e menos importantes já tenham sido explorados – faz parte da própria história da arte moderna brasileira.

A ‘Caipirinha’ vestida por Jean Patou e (Paul) Poiret[1], viveu a prodigiosa efervescência e a desvairança dos anos ’20 no Brasil e na França, e deles tirou grande proveito.

E  studou com William Zadig, Mantovani, Pedro Alexandrino e Georg Elpons, no Brasil; em Paris, com Emile Renard na “Académie Julian”, André Lhote, Albert Gleizes e Fernand Léger, o qual exercerá grande influência, em virtude da poética seguida por ambos os artistas incorporarem em suas obras, a dinâmica das transformações industriais[2] na França e no Brasil com suas particulares especifidades.

Relacionou-se com Pablo Picasso cuja obra não a influenciou, viu de perto a produção dos dadaístas e futuristas, pôs-se em contato com Blaise Cendrars, Ambroise Vollard, Eric Satie, Léonce Rosenberg Jean Cocteau, Jules Supervielle, Jules Romains, Arthur Rubinstein, Maurice Raynal, Paul Morand, Frederic Brancusi e muitos outros.

Aracy A. Amaral[3] e Sônia Salzstein[4] e outros importantes nomes de nossas artes já deram conta do recado.

Seus tons, de intensidade e força absurdas, são reminiscências de infância da pintora nascida em Capivari, interior de São Paulo. Desde então, Tarsila adota de forma quase que rebelde e contestadora, cada colorido excessivo para, assim, melhor representar um país-aquarela.

Engana-se, no entanto, quem acredita ser uma pintora estritamente rural.

Sagrado Coração de Jesus; ost, 100x76, 1904

Sagrado Coração de Jesus; ost, 100x76, 1904

Biografia de Tarsila do Amaral

Nasceu em 1 de Setembro de 1886, na Fazenda São Bernardo, em Capivari, interior de São Paulo, de lar fisiocrata, patriarcal, autoritário e legítimo representante da potente oligarquia cafeeira paulista – já herdeira de apreciável fortuna e diversas fazendas, nas quais Tarsila passou a infância e adolescência, foi-lhe ensinado a ler, escrever, bordar e falar francês.

O lazer se dividia entre o piano, passeios campestres e a pesquisa minuciosa nos numerosos volumes da biblioteca paterna. Estudou em São Paulo, em um colégio de freiras do bairro de Santana e no Colégio Nossa Senhora de Sion. Completou seus estudos em Barcelona, na Espanha, no Colégio Sacré-Coeur de Jésus.[5] A figura 1 mostra o primeiro quadro pintado por “Tharcilla” conforme “Raisonné Tarsila do Amaral (vide Vol. 1, pág. 63).

Primeiro casamento e maternidade

1906: Casou-se com seu primo materno, o médico André Teixeira Pinto; mas André e o conservadorismo da época a impediam de qualquer desenvolvimento artístico, fazendo com que esse primeiro casamento fracassasse rapidamente. Com ele teve sua única filha, a menina Dulce, nascida no mesmo ano do casamento. Tarsila se separou logo após o nascimento da filha e voltou a morar com os pais na fazenda, com a filha.

Início da carreira

1916: Iniciou estudos de escultura com o escultor William Zadig e Mantovani em 1916. No ano seguinte, começou a aprender pintura com Pedro Alexandrino Borges[6] e mais tarde, estudou com o alemão George Fischer Elpons.

1920: Incentivada por João de Souza Lima[7] – amigo da família de Tarsila, que havia obtido bolsa de estudos da “Comissão do pensionato Artístico do Estado de São Paulo – leia-se Freitas Valle e Villa Kyrial – que estava vivendo em Paris; viaja a Paris e freqüenta a Academia Julian, onde desenhava nus e modelos vivos intensamente. Também estudou na Academia de Émile Renard. A artista estudou também com Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também apresentou a Tarsila pintores como Picasso, escultores como Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric Satie. E ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado.

Tarsila oferecia almoços bem brasileiros em seu ateliê e era convidada para jantares na casa de personalidades da época. Vestia-se com os melhores costureiros e, em uma homenagem a Santos Dumont usou uma capa vermelha que foi eternizada por ela no auto-retrato “Manteau Rouge”, de 1923.

Explicação:

Perguntas interessantes