Quais os efeitos da testosterona no organismo?
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A testosterona é o hormônio sexual masculino. No homem, sua produção é feita majoritariamente pelos testículos, enquanto nas mulheres pequenas quantidades são produzidas pelos ovários e pela glândula supra-renal.
A testosterona desemprenha um papel-chave na saúde e no desenvolvimento do homem por toda a sua vida, desde a fase fetal até a terceira idade.
Grande parte das características que fazem um macho da espécie humana ter a aparência de um homem vem da ação da testosterona no organismo, incluindo a maior presença de pelos pelo corpo, voz mais grossa, maior massa muscular, maior estatura, desenvolvimento do pênis e dos testículos, etc.
Devido ao seu efeito positivo no anabolismo muscular, a partir da metade do século XX, a testosterona passou a ser utilizada como suplemento para atletas que buscam melhor desempenho esportivo e para pessoas que desejam aumentar a sua massa muscular.
Infelizmente, a ação anabólica da testosterona vem sempre acompanhada de um efeito androgênico (masculinizante), que quando presente em excesso pode trazer diversos problemas à saúde, conforme veremos mais à frente.
Neste artigo vamos abordar os seguintes pontos.
O que é a testosterona.
Para que servem os hormônios masculinos.
O que acontece quando há falta de testosterona.
Reposição de testosterona para tratar o hipogonadismo.
Esteroides anabolizantes androgênicos.
Efeitos adversos da suplementação de testosterona.
Doenças que provocam elevação da testosterona.
O que é a testosterona
A testosterona é um hormônio esteroide androgênico anabólico, ou seja, é um lipídio sintetizado a partir do colesterol (esteroide), produzido por glândulas e com ação regulatória na fisiologia celular (hormônio), cujas principais ações são promover a masculinização (efeito androgênico) e a síntese de moléculas complexas a partir de moléculas mais simples (efeito anabólico).
As três principais substâncias esteroides produzidas pelo nosso organismo são os androgênios, os estrogênios e os corticosteroides.
Os andrógenos, cujo principal representante é a testosterona, são responsáveis pelo desenvolvimento de características masculinas. Os estrogênios são os hormônios responsáveis pelo desenvolvimento das características femininas. Já os corticosteroides são responsáveis por uma grande variedade de funções essenciais ao nosso organismo, que envolvem os sistemas imunológico, cardiovascular, metabólico e hemostático (leia: GLICOCORTICOIDES – Ação, Efeitos Colaterais e Indicações).
As mulheres produzem uma grande quantidade de estrogênio pelos ovários e uma pequena quantidade de testosterona na glândula supra-renal e nos ovários. Por outro lado, os homens produzem uma grande quantidade de testosterona nos testículos e uma pequena quantidade de estrogênio no fígado, no tecido gorduroso e no cérebro.
A produção de testosterona pelos testículos é estimulada pelo LH (hormônio luteinizante), que é um hormônio produzido pela hipófise, uma glândula presente no cérebro. Toda as vezes que a hipófise aumenta a liberação de LH, os testículos respondem aumentando a produção de testosterona.
Nos homens, a produção de testosterona atinge um pico em três fases distintas da vida. O primeiro pico ocorre ainda durante o período fetal, no segundo trimestre de gestação, e tem como objetivo desenvolver o feto com características físicas masculinas.
Posteriormente, ainda no primeiro ano de vida dos meninos, a testosterona volta a subir, mas nenhum efeito claro no corpo do bebê é percebido. Imagina-se que esse pico sirva para “masculinizar” o cérebro do meninos, moldando alguns comportamentos que são característicos do sexo masculino.
O terceiro pico, que é o mais óbvio de todos, ocorre durante a puberdade, resultando em várias mudanças visíveis, tais como alteração da voz, aumento dos pelos corporais, maturação genital, produção de espermatozoides pelos testículos, pele mais espessa e oleosa, aumento da libido, crescimento ósseo, aumento da massa muscular e redução da gordura corporal.
Falta de testosterona
O nível sanguíneo normal de testosterona nos homens adultos é de 240-950 ng/dL (o valor de referência pode variar um pouco dependendo do laboratório).