quais os dilemas e desafios de ser mulher no brasil contemporanio?
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Elas elas tratadas como manos que o homem eles achavam que ela devia ficar em casa cuidar dos filhos e fazer almoço e arrumar casa enquanto o homem trabalhava
Acredito que um dos maiores desafios contemporâneos seja o de ser mulher. Nas sociedades tradicionais e anteriormente aos anos sessenta os papéis da mulher eram claramente definidos: mãe, esposa, dona de casa, enfermeira, professora em meio período, etc. Eram poucas e honrosas exceções as que se arvoravam no mundo científico e menos ainda na vida empresarial onde seu papel era quase sempre de coadjuvante do homem.
Hoje a mulher se libertou dos jugos que a mantinham presa a esses papéis. A mulher hoje compete em todas as esferas com os homens. Não há nada que uma mulher não possa ser ou fazer na sociedade contemporânea. Assim, temos hoje excelentes médicas, dentistas, advogadas, cientistas, executivas, delegadas de polícia, policiais federais e militares, motoristas de caminhão e de taxi e o que mais queiramos nomear
Entretanto, por enquanto (sic!) só a mulher pode engravidar e ter filhos. E uma gestação leva nove meses (também por enquanto...). No mundo competitivo em que vivemos, nove meses com algumas restrições e mais licença maternidade, deixa a mulher em desvantagem em promoções, transferências, novos desafios nas empresas. Segundo pesquisas recentes que questionam a razão de não haver mais mulheres em altos cargos executivos em países bastante liberais como os da Escandinávia, por exemplo, os principais motivos são as restrições naturais que mulheres com família possuem. Com filhos pequenos elas não podem ficar no trabalho até muito tarde. E, apesar de toda a força pela divisão igualitária de tarefas entre marido e mulher, quando um filho pequeno adoece, ele ainda exige mais a presença da mãe do que do pai, afirmam as pesquisas. Assim, é sabido que a mulher que trabalha tem dupla ou tripla jornada de trabalho, pois ao ir para casa tem toda uma série de tarefas que a sociedade ainda espera que seja responsabilidade da mulher. E para repor a população é preciso que uma mulher tenha no mínimo dois filhos - um para repor a si mesma e outro para repor a um homem. Por tudo isso, países mais desenvolvidos, inclusive o Brasil, já estão com índice de fertilidade abaixo do nível de reposição (1,7 no Brasil e ainda menores na Europa), o que vem preocupando os governos que precisam abrir a imigração para atender a demanda de serviços, criando uma outra série de problemas.