Quais movimentos surgiram nos qual a diferença entre os negros do brasil e os negros do EUA?
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Movimento Negro no Brasil
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No Brasil, o Movimento Negro corresponde a vários fenômenos e ações executados por pessoas que lutam contra o racismo e pelos direitos para os cidadãos negros. Vários movimentos na história do Brasil possuem destaque relevante.
Entretanto, até a abolição da escravatura, que se deu apenas no ano de 1888, todo e qualquer movimento pela população negra era considerado clandestino, além de possuir caráter específico, sempre em busca da libertação de negros escravizados.
A principal maneira de expressão dos movimentos negros rebeldes antes da abolição foi a quilombagem, que corresponde à rebeldia permanente organizada e dirigida pelos próprios escravos fugidos, presente em todo o período de escravismo no Brasil.
Quilombos eram centros que recebiam os escravos fugidos, mas que também englobavam várias outras formas de protesto, como as insurreições e o bandoleirismo, o qual correspondia a grupos de guerrilha de escravos fugidos contra povoados e viajantes.
Com exceção do Quilombo dos Palmares, que teve como último líder o icônico Zumbi dos Palmares e durou mais de um século, a maioria desses centros de resistência era fortemente combatida e dizimada pelo aparelho opressor do governo, que buscava apenas a violência como forma de resolução.
Se na Inconfidência Mineira os negros estiveram praticamente ausentes do movimento, a Conjuração Baiana de 1798 tinha como principal objetivo a proposta de libertação de todos os escravos, contando com negros na liderança do próprio movimento.
Muitos negros de destaque participaram de diversos movimentos populares, entre eles a Revolta da Chibata de 1910, encabeçada pelo marinheiro negro João Cândido. Sua principal conquista foi a revogação da pena de açoite aos marinheiros (em sua maioria negros) da Marinha de Guerra do Brasil. Apesar da vitória da Revolta e da promessa de anistia, o movimento foi praticamente dizimado pouco tempo depois, sendo que o próprio líder João Cândido foi deixado à miséria.
A Revolta da Chibata foi o último movimento organizado e armado da rebelião negra no Brasil. A partir de então, vários centros de mobilização em São Paulo e no Rio de Janeiro buscaram trilhar novos caminhos, com o objetivo de luta pela cidadania recém-conseguida após a abolição.
Em 1915, por exemplo, surge o primeiro jornal da imprensa negra paulista, O Menelick, que foi seguido por várias outras publicações de mesmo teor. Graças a esse estopim, os anos de 1930 trouxeram a Frente Negra Brasileira (FNB), que se organizou até chegar à fundação de um partido político, infelizmente dissolvido com o Estado Novo de Getúlio Vargas.
Os anos de Ditadura Militar inviabilizaram qualquer tipo de organização e manifestação de cunho racial. Os militares propagandeavam a “democracia racial” como parte de sua agenda de publicidade, marginalizando qualquer tipo de manifestação.
Apenas nos anos 1970 o movimento ressurgiu, principalmente com a origem do Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial (MNU), em 7 de julho de 1978, que resultou na criação de alguns órgãos como o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, além da criminalização da discriminação racial na Constituição de 1988. Além disso, a Lei Caó, de 1989, tipificou o racismo como crime.
Após a redemocratização do Brasil, o movimento negro juntou-se a diversas outras causas progressistas. Entretanto, o Governo Lula (2003-2010) foi um dos que mais trouxe conquistas à sociedade civil em geral e também ao movimento negro, em particular.
Como citado anteriormente, no início do Governo Lula foi criada a SEPPIR, sem contar a Lei das Cotas para inclusão da população negra no ensino superior, aprovada em 2006.
A Lei dos Direitos Civis, de 1960, e a Lei dos Direitos ao Voto, de 1965, marcaram legalmente o fim da segregação racial em espaços públicos, mesmo que propriedade privada. Tornaram também o voto universal, sem discriminação de escolaridade, raça ou condição social.
Resposta:
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No Estados Unidos, a escravização de negros africanos iniciou um pouco mais tarde que no Brasil, no ano de 1619, acabando 25 anos antes, em 1863, principalmente com o fim da Guerra Civil e a Proclamação de Emancipação.
Muito forte nos estados do Sul dos Estados Unidos, a escravidão foi a base da economia dessa região, afetando profundamente até hoje as relações sociais e o racismo exacerbado que ainda atinge a população negra estadunidense.