Quais lendas Fazem parte do Folclore maranhense?
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O folclore maranhense é rico, com influência portuguesa na língua; do elemento negro nas danças, culinária e música; do índio, no balanço da rede, banho diário, mitos e simplicidade. O folclore possui múltiplos significados e faz parte da cultura de um povo
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Resposta:
O Maranhão é uma terra cercada por lendas, encantarias e mistérios. Em nossa história, é possível conhecer de serpentes gigantes a touros encantados, além de personagens icônicos (reais ou fictícios) que ganharam o imaginário do povo com o passar das décadas, como Catirina, Pai Francisco, Dom Sebastião… E neste Dia do Folclore, comemorado 22 de agosto, O Imparcial convida você a mergulhar e revisitar as histórias e lendas maranhenses!
O período junino é uma das épocas que melhor transmitem todo o encanto do folclore maranhense. Uma das histórias contadas, passada de geração em geração, é a do Pai Francisco e Catirina. A mulher, escravizada e grávida, queria comer a língua do boi mais vistoso e amado da fazenda onde o marido trabalhava. Pai Francisco, com muito pesar, acabou matando o novilho – o que despertou grande ira e tristeza do fazendeiro. Então, o pajé da tribo foi chamado para fazer pajelanças e ressuscitar o boizinho, dando origem à grande festa do Bumba-meu-boi.
O Bumba-meu-boi possui diversos personagens que marcam o imaginário maranhense. Mas existe um que acaba se destacando por suas características exuberantes e misteriosas: o Cazumba. Nem homem, nem mulher, e nem animal: é um ser mágico. Quem o vê durante as brincadeiras pode ou se assustar, ou se encantar. Ele está presente no Sotaque da Baixada, e é reconhecido por ser o personagem que assusta Pai Francisco no momento em que ele pega o boizinho para tirar a língua.
Você planeja visitar a Ilha dos Lençóis, um dos paraísos inexplorados de Cururupu? Saiba que lá, nas noites de lua cheia, pode dar de cara com um touro negro entre as dunas, com olhos brilhantes e uma estrela na testa. O animal imponente é a figura de Dom Sebastião, rei português que morreu durante uma batalha contra os mouros no campo de Alcácer Quibir, no Marrocos, e desapareceu entre o areal de lá, reaparecendo encantado em terras maranhenses. Reza a lenda que quem conseguir acertar uma flecha na testa do touro fará com que o nobre desencante, para resgatar todo o seu reino (escondido debaixo das dunas da ilha), e que no ato, a ilha de São Luís vai afundar.
Se você é ludovicense, provavelmente pelo menos uma vez na vida já sentiu medo de ver a ilha afundar (principalmente quando o ‘toró’ é forte). É que aqui existe uma lenda que diz que nas galerias subterrâneas do Centro existe uma Serpente Encantada. Sua cabeça está na Fonte do Ribeirão; a barriga, na Igreja do Carmo; e a cauda, na Igreja de São Pantaleão. Segundo a história, o réptil vai crescer tanto que, quando as duas extremidades se encontrarem, a ilha vai afundar!
Quem diria que a Praia do Olho d’Água teria surgido a partir das lágrimas de uma mulher abandonada? É esta a história contada: a filha de Itaporama, chefe de uma tribo, apaixonou-se por um jovem, que, por sua vez, despertou o amor da Mãe d’Água – uma sereia de beleza estonteante. O índio foi seduzido e levado ao palácio encantado da entidade nas profundezas do oceano, deixando a filha de Itaporama desolada ao ponto de chorar até morrer. De suas lágrimas, surgiram duas nascentes que correm até hoje para o mar.
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