quais grupos políticos participaram da disputa pelo poder nas eleições de 1930 ?
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De acordo com a Constituição de 1891 que vigorou durante toda a República Velha (1889-1930), o direito ao voto foi determinado a todos os homens com mais de 21 anos que não fossem analfabetos, religiosos e militares.[1] Mesmo tendo o direito de voto estendido a mais pessoas, pouca parcela da população participava das eleições.[2] A Constituição de 1891 também declarou que todas as eleições presidenciais seriam realizadas em 1º de março.[3] A eleição para presidente eram realizadas individualmente, e o mesmo poderia se candidatar para presidente e vice.
Durante a República Velha, o Partido Republicano Paulista (PRP) e o Partido Republicano Mineiro (PRM) fizeram alianças para fazer prevalecer seus interesses e se revezarem na Presidência da República, assim, esses partidos na maioria das vezes estiveram a frente do governo, até que essas alianças se quebrassem em 1930. Essas alianças são chamadas de política do café com leite.[4]
Nessa época, o voto não era secreto, e existia grande influência dos coronéis - pessoas que detinham o Poder Executivo municipal, e principalmente o poder militar da região. Os coronéis praticavam a fraude eleitoral e obrigavam as pessoas a votarem em determinado candidato. Com isso, é impossível determinar exatamente os resultados corretos.
De acordo com a política do café com leite, era a vez de um candidato mineiro ser Presidente da República, mas o então presidente paulista Washington Luís decidiu que outro paulista o sucederia, o advogado Júlio Prestes. Com o apoio de dezessete estados da época, Júlio Prestes pelo Partido Republicano Paulista (PRP) formou a "Concentração Republicana". O Partido Republicano Mineiro (PRM) não aceitou a candidatura de Júlio e apoiou o governador de Minas Gerais Antônio Carlos Ribeiro de Andrada. O PRM inseguro da eleição procurou fazer alianças com outros estados, e em 17 de junho de 1929, Antônio Carlos cedeu sua candidatura ao gaúcho Getúlio Vargas. Assim, os três estados dissidentes de Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba formaram a Aliança Liberal (AL), e indicaram o governador do Rio Grande do Sul Getúlio Vargas para presidente, tendo apoiado o paraibano João Pessoa como candidato a vice.[6]
Getúlio Vargas defendeu o voto secreto, reformas democráticas, a independência do judiciário, a anistia para os tenentes envolvidos nas diversas rebeliões ao longo dos anos de 1920, proteção à exportação do café e reformas sociais. Ganhou a adesão do Partido Democrático Paulista, da maior parte das oposições estaduais. A campanha mobilizou as grandes cidades, mas prevaleceu a fraude praticada por quase todos os partidos envolvidos. Julio Prestes foi eleito, mas não assumiu o governo, graças à Revolução de 1930.