Sociologia, perguntado por nathalia200301, 8 meses atrás

quais formasde organizaçao estatal surgiram após a primeira guerra mundial​

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Resposta:

Quando o Estado assume, como o fez ao longo do século XIX e XX, um perfil que deixa ao mercado a responsabilidade maior pela organização da economia, trata-se de um modelo liberal de Estado. O liberalismo é um tipo de conduta ideológica que dá liberdade para o mercado e prevê um Estado mínimo, que não participa efetivamente da regulamentação econômica. O amplo incentivo à competição entre grupos empresariais seria o motor da economia.

Liberalismo e Primeira Guerra Mundial

No início do século XX, esta competição atingiu um nível internacional, ou seja, ela passou a ocorrer entre países, e é considerada um dos muitos fatores que levaram à Primeira Guerra Mundial – uma disputa ferrenha de países europeus por mercado. Pode-se dizer que ali foi realmente o fim do século XIX – o século das grandes transformações, dos grandes desenvolvimentos.

A economia passava por momentos difíceis quando houve a crise de 1929. Que atitudes deveriam ser tomadas pelo Estado? Maior intervenção na economia? Maior espaço ao livre mercado? Teses liberais propunham que o Estado mais uma vez interviesse menos na esfera econômica, mas o caminho da solução da crise não foi esse.  

O Estado do Bem-Estar Social como solução pra crise

Na década que se seguiu à crise de 1929, o modelo que passou a ser adotado foi o do Estado de Bem-Estar Social. Nele, o Estado é quem se responsabiliza pela política econômica, cabendo a ele as funções de proteção social dos indivíduos – educação, saúde, seguridade social. Além dos Estados Unidos, que pensavam em saídas para a Grande Depressão, países europeus como Noruega, Suécia e Suíça – até hoje conhecidos pelo alto nível de excelência em quesitos socioculturais e que se encontram nos lugares mais altos no ranking mundial de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) – foram os primeiros a adotar o modelo do Estado Social.

Contexto Pós Segunda Guerra Mundial

Se na década de 1930 o Estado do Bem-Estar Social começou a ser implementado, foi após a Segunda Guerra Mundial que ele se fez mais presente, quando países do eixo capitalista se organizaram pela reestruturação da economia ocidental, devastada pelos horrores da guerra. A partir de então, o contexto era outro. Impulsionado pela ideia de cidadania e pelas pressões dos sindicatos trabalhistas por melhores condições, o Estado de Bem-Estar Social, também conhecido como Estado Providência, passou a defender o desenvolvimento econômico e social através do mercado, mas também, e sobretudo, rompendo com a lógica liberal, passou a tomar para si a responsabilidade pela proteção social dos cidadãos e por grandes investimentos e obras, comprometendo-se a garantir educação pública, assistência à saúde, transporte, seguro-desemprego, etc. – o bem-estar econômico e social da população.  

O propósito histórico do Estado do Bem-Estar Social foi, portanto, ressuscitar a economia ocidental através de grandes investimentos na cidadania, o que veio a fortalecer um público consumidor para o mercado de massa, em plena ascensão na década de 1950. (Deve-se notar que o Estado do Bem-Estar Social foi um modelo adotado pelos países capitalistas considerados, à época, como 1º mundo – deste modo, não estão incluídos os países periféricos (chamados de 3º mundo), como, por exemplo, as nações latino-americanas. Muitos destes países viveram ditaduras militares naquela época, afastando-se do modelo de bem-estar social, e assumindo posturas mais autoritárias.

Crise do Estado do Bem-Estar Social

Vigorante por muitas décadas, esse modelo de Estado entrou em crise já nos anos 1970, quando ficou economicamente sobrecarregado. A Inglaterra (e depois outros países), no início dos anos 1980, entrou num processo de substituição deste modelo, justificando que o aparelho estatal não tinha mais condições econômicas de sustentá-lo. Com isso, os direitos de cidadania passaram a ser revistos. Nascia, então, o Estado Neoliberal.

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