Quais foram os principais grupos africanos que vieram para o Brasil ao longo dos séculos?
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Melhor resposta: Os africanos vieram de muitos países diferentes. Nigerianos, camaroneses, moçambicanos e quenianos são alguns desses povos que adotaram o Rio como moradia. No entanto, a comunidade de maior concentração na cidade são os nativos de Angola e Cabo Verde, dois países em que a língua é o português. São cerca de 3 mil no Rio de Janeiro.
A maioria dos africanos que vêm ao Brasil está sozinha, isto é, não vem com família e normalmente estão em bairros pobres. No Rio, estão majoritariamente na Vila do João e na Vila Pinheiros, favelas do Complexo da Maré, e na Baixada Fluminense, onde reside a maioria.
O primeiro momento da emigração dos angolanos foi logo depois da independência do país, em 1975. A partir deste fato, Angola se tornou palco de uma grande guerra civil, que se agravou logo depois das eleições livres no país, em 1992, a partir deste ano o Rio começa a receber refugiados angolanos.
Já os cabo-verdianos, e uma parte dos angolanos também, vieram para cá não fugindo de guerras mas em busca de aprendizado e oportunidades. Muitos africanos estudam nas universidades públicas do Rio, em especial na UFRJ.
Os angolanos - ou muangolés, como são conhecidos - destacam-se como a comunidade mais numerosa. Muitos deles hoje enfrentam graves problemas envolvendo a violência nas comunidades pobres onde vivem. Vinda do país de origem devido ao conflito armado para reconstruir suas vidas, esta população passou a ser vítima do preconceito e do terror imposto pelo tráfico de drogas existente nas áreas suburbanas do Rio de Janeiro.
Os angolanos espalharam-se pelo Rio, mas a maioria vive em áreas tão pobres quanto os bairros que deixaram na periferia de Luanda. Por exemplo, os cerca de 500 angolanos do Complexo da Maré, espalhados por comunidades como Vila do Pinheiro, Vila do João, Nova Holanda e Salsa e Merengue, são provenientes do Kassenda e Rangel, dois bairros de Luanda.
A maioria vive de mukunza (muamba), comprando roupas e tecidos para seus familiares revenderem em Luanda.
Há ainda cerca de 100 angolanos residindo em pensões e repúblicas no Estácio. É o caso de dois rappers, Pupa Nzéu Kanda e Ala-X, que usam a música como uma forma de tornar público os problemas que a comunidade a qual pertencem enfrentam.
Fora as dificuldades de sobrevivência, as reuniões para manter a cultura são freqüentes. Toda sexta-feira há uma festa no Catete que reúne muitos africanos. Nesses encontros eles costumam conversar usando o dialeto e dançam o funaná, uma dança tradicional de Cabo Verde, cujo ritmo e dança são bem parecidos com o brasileiro forró. Eles também se costumam se reunir em mofetadas, uma espécie de churrasco, só que com peixe. Outro ponto de encontro é o bar do Tiozinho, na rua 47 da Maré, e em alguns bares da Lapa.
Existe também uma associação cultural no centro da cidade, composta por um acervo com informações sobre os seus costumes. São livros, artesanato e instrumentos musicais, inclusive os tambores típicos para tocar o "semba", um ritmo africano que originou o brasileiríssimo samba
A maioria dos africanos que vêm ao Brasil está sozinha, isto é, não vem com família e normalmente estão em bairros pobres. No Rio, estão majoritariamente na Vila do João e na Vila Pinheiros, favelas do Complexo da Maré, e na Baixada Fluminense, onde reside a maioria.
O primeiro momento da emigração dos angolanos foi logo depois da independência do país, em 1975. A partir deste fato, Angola se tornou palco de uma grande guerra civil, que se agravou logo depois das eleições livres no país, em 1992, a partir deste ano o Rio começa a receber refugiados angolanos.
Já os cabo-verdianos, e uma parte dos angolanos também, vieram para cá não fugindo de guerras mas em busca de aprendizado e oportunidades. Muitos africanos estudam nas universidades públicas do Rio, em especial na UFRJ.
Os angolanos - ou muangolés, como são conhecidos - destacam-se como a comunidade mais numerosa. Muitos deles hoje enfrentam graves problemas envolvendo a violência nas comunidades pobres onde vivem. Vinda do país de origem devido ao conflito armado para reconstruir suas vidas, esta população passou a ser vítima do preconceito e do terror imposto pelo tráfico de drogas existente nas áreas suburbanas do Rio de Janeiro.
Os angolanos espalharam-se pelo Rio, mas a maioria vive em áreas tão pobres quanto os bairros que deixaram na periferia de Luanda. Por exemplo, os cerca de 500 angolanos do Complexo da Maré, espalhados por comunidades como Vila do Pinheiro, Vila do João, Nova Holanda e Salsa e Merengue, são provenientes do Kassenda e Rangel, dois bairros de Luanda.
A maioria vive de mukunza (muamba), comprando roupas e tecidos para seus familiares revenderem em Luanda.
Há ainda cerca de 100 angolanos residindo em pensões e repúblicas no Estácio. É o caso de dois rappers, Pupa Nzéu Kanda e Ala-X, que usam a música como uma forma de tornar público os problemas que a comunidade a qual pertencem enfrentam.
Fora as dificuldades de sobrevivência, as reuniões para manter a cultura são freqüentes. Toda sexta-feira há uma festa no Catete que reúne muitos africanos. Nesses encontros eles costumam conversar usando o dialeto e dançam o funaná, uma dança tradicional de Cabo Verde, cujo ritmo e dança são bem parecidos com o brasileiro forró. Eles também se costumam se reunir em mofetadas, uma espécie de churrasco, só que com peixe. Outro ponto de encontro é o bar do Tiozinho, na rua 47 da Maré, e em alguns bares da Lapa.
Existe também uma associação cultural no centro da cidade, composta por um acervo com informações sobre os seus costumes. São livros, artesanato e instrumentos musicais, inclusive os tambores típicos para tocar o "semba", um ritmo africano que originou o brasileiríssimo samba
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