Quais foram os principais forças nacionais que lutaram contra ou a favor de Napoleão?
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foi uma série de conflitos colocando o Império Francês, liderado por Napoleão Bonaparte, contra uma série de alianças de nações europeias. Essas guerras revolucionaram os exércitos e táticas dos países da Europa, com grandes tropas sendo deslocadas para o combate de forma nunca antes vista no continente, acontecendo devido a algumas das primeiras conscrições em massa modernas. Este conflito foi uma continuação direta das chamadas Guerras Revolucionárias, que começaram em 1792 durante a Revolução Francesa. Inicialmente, o poderio da França cresceu exponencialmente, com os exércitos de Napoleão conquistando boa parte da Europa. No total, o imperador francês lutou em mais de sessenta batalhas e perdeu muito poucas, a maioria no fim da sua carreira.[1] O poder francês no continente foi quebrado logo após a desastrosa invasão da Rússia em 1812. Napoleão foi derrotado em 1814 e enviado para o exílio na ilha de Elba, na costa da Itália; ele, contudo, alguns meses mais tarde, conseguiu escapar, marchou em Paris e retomou o poder na França, apenas para ser novamente deposto, em 1815, após a fracassada Batalha de Waterloo. O imperador francês foi novamente exilado, desta vez na distante ilha de Santa Helena, onde viria a morrer em 1821.
O conflito viu uma série de Coalizões anti-Bonapartistas, formadas por diversas nações europeias como o Reino Unido, a Áustria, a Rússia e a Prússia, se erguendo contra o Império Francês. Os franceses, contudo, foram capazes de vencer cinco das sete coalizões que se levantaram contra eles. As primeiras duas aconteceram ainda no contexto das guerras revolucionárias francesas e terminaram como uma vitória da França. Já a terceira, a quarta e a quinta coalizões foram derrotadas por Napoleão com ele já no comando total do país. Estas vitórias deram ao Grande Armée francês e ao seu imperador uma fama de invulnerabilidade, especialmente quando estes marcharam até Moscou, antes de ter que abandonar esta cidade. Com a derrota sofrida na Rússia, em 1812, onde os franceses foram sobrepujados pelo poderoso inverno russo, o exército napoleônico não conseguiu se erguer novamente e se tornou uma sombra do seu antigo poderio. Então a sexta coalizão europeia se levantou novamente contra a França e derrotou Napoleão na decisiva Batalha de Lípsia e depois avançaram sobre o norte e leste da França, marchando em Paris em meados de 1814. No ano seguinte, durante a Guerra da Sétima Coalizão, os franceses foram derrotados, desta vez de forma definitiva, na Batalha de Waterloo. Vitoriosas, as potências europeias começaram a redesenhar o mapa do continente com as fronteiras de antes de 1789, através do Congresso de Viena.
As guerras napoleônicas tiveram um impacto significativo no cenário geopolítico europeu, como no dissolvimento do Império Romano-Germânico, e fez ascender novas ondas de patriotismo e nacionalismo pelo continente, que ajudaram os processos de reunificação na Alemanha e Itália ao final do século XIX. O outrora poderoso Império Espanhol entrou em rápido declínio após a ocupação francesa, abrindo caminho para revoluções por independência em toda a América espanhola. Assim, o Império Britânico se tornou a maior potência mundial, de forma incontestável, pelas próximas décadas, dando início a chamada Pax Britannica.[2]
Há discórdia entre acadêmicos e historiadores a respeito de quando as guerras revolucionárias francesas terminam e as Guerras Napoleônicas começam de fato. A chegada de Napoleão Bonaparte ao poder na França aconteceu em 9 de novembro de 1799 e em 18 de maio de 1803 a guerra entre franceses e britânicos recomeçou a todo vapor, após um período de curta paz firmada no Tratado de Amiens. Grandes combates pelo continente europeu terminaram após a derrota final de Napoleão em junho de 1815, embora algumas lutas de pequena intensidade ainda estivessem acontecendo. O Tratado de Paris formalmente encerrou as guerras em 20 de novembro de 1815.