História, perguntado por sarahellen54, 10 meses atrás

Quais foram os principais fatores que contribuíram para o início da crise monarquia brasileira na década de 1870?​

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Respondido por luandutra01
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Resposta:

Explicação: (1870-1889)

Como você se lembra, no Segundo Reinado havia dois partidos políti­cos: o Liberal e o Conservador. O Partido Liberal, que se caracterizava por posturas descentralizadoras, em 1868, dividiu-se em dois grupos: modera­do e radical. A ala radical acabou evoluindo para assumir claramente posi­ções republicanas.

Porém, não foi o fortalecimento dos republicanos o fator decisivo para se entender o fim do governo monárquico, mas o enfraquecimento da monarquia.

Essa perda das bases de apoio da monarquia faci­litou enormemente o trabalho dos republicanos, mesmo considerando que tal movimento nunca atingiu as mas­sas, apesar das propagandas nos jornais.

A Guerra do Paraguai mudou essa relação de forças. O conflito intenso e duradouro forjou, nos militares, além da experiência adquirida, um espírito de corpo, orgulho e, principalmente, consciência de sua importância como peça-chave para a manutenção dos privilégios da aristo­cracia encastelada no poder. Após a guerra, questões até então “engolidas” sem discussão começaram a gerar fortes atritos, como, por exemplo, o atraso nos pagamentos de pensões a órfãs e viúvas. Além disso, os contatos com uruguaios e argenti­nos – aliados do Brasil durante a guerra – permitiram a di­fusão, entre os militares, de ideias republicanas e abolicio­nistas que os colocavam frontalmente contra o governo.

Porém, não foi o fortalecimento dos republicanos o fator decisivo para se entender o fim do governo monárquico, mas o enfraquecimento da monarquia.

Essa perda das bases de apoio da monarquia faci­litou enormemente o trabalho dos republicanos, mesmo considerando que tal movimento nunca atingiu as mas­sas, apesar das propagandas nos jornais.

Quais Foram as “Questões da República”?

A Questão Militar foi o primeiro grande desgaste a contribuir decisivamente para a queda do Império. Durante todo o Império, o exército exerceu funções de polícia, reprimindo rebeliões e perseguindo negros fo­ragidos. Desconsiderados socialmente e tendo de dividir importância com a Guarda Nacional, os militares esta­vam longe de representar uma força influente, embora fossem muito importantes para o esquema repressor e excludente da monarquia.

A Guerra do Paraguai mudou essa relação de forças. O conflito intenso e duradouro forjou, nos militares, além da experiência adquirida, um espírito de corpo, orgulho e, principalmente, consciência de sua importância como peça-chave para a manutenção dos privilégios da aristo­cracia encastelada no poder. Após a guerra, questões até então “engolidas” sem discussão começaram a gerar fortes atritos, como, por exemplo, o atraso nos pagamentos de pensões a órfãs e viúvas. Além disso, os contatos com uruguaios e argenti­nos – aliados do Brasil durante a guerra – permitiram a di­fusão, entre os militares, de ideias republicanas e abolicio­nistas que os colocavam frontalmente contra o governo.

Enfim, o governo ainda teve de enfrentar a Questão Servil: pregavam a participação dos es­cravos na luta pela abolição. Exemplos da participação dos negros na luta pela abolição não faltaram, como é o caso dos caifases, que estimulavam invasões a fazendas e promoviam fu­gas em massa. Particularmente para os fazendeiros paulistas, a defesa da abolição estava ligada não só aos aspectos econômicos, mas também objetivavam evitar o caos provocado por essas ações.

No início da década de 80 do século XIX, multiplica­ram-se os jornais anti-escravistas. Os jangadeiros no Nordeste se recusaram a embarcar ou desembarcar ca­tivos. As províncias do Ceará e do Amazonas, em 1884, libertaram seus escravos. Além de toda a pressão social, a convicção de que a escravidão não era mais econômica motivou a maior parte dessas atitudes.

Os cafeicultores do Vale do Paraíba, porém, continua­vam resistindo. Em 1885, apesar de seus protestos, foi aprovada a tímida Lei Saraiva Cotegipe, conhecida como Lei dos Sexagenários, que determinava a liber­tação dos negros com mais de 60 anos de idade. Fica claro porque, para a elite, a escravidão não deveria acabar nunca… quase uma piada, até porque, na avidez de explorar o negro o máximo possível, a lei o obrigava a trabalhar por salários.

Em 1887, o exército anunciava publicamente que não perseguiria mais negros fugidos e, consequentemente, o Estado ficava sem a máquina repressiva para garantir a escravidão. Após a saga pelo fim do tráfico, consubstanciada mais três anos após libertado, pela Lei Eusébio de Queirós, que contou com sólido apoio inglês, as pressões passaram a ser pela abolição, e agora o empenho não vinha apenas de fora, mas tam­bém da classe média – intelectuais, jornalistas, milita­res -, dos cafeicultores paulistas e, é lógico, dos negros. Porém, o governo e a elite escravocrata resistiam à ideia da abolição, embora não pudessem simplesmente ignorá-la. Tentando ganhar tempo, a elite aprovou leis protelatórias.

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