quais foram os principais avanços no esporte paralímpico?
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Resposta: TÁ NÁ MÃO....
Explicação:
Um dos objetivos dos Jogos Rio 2016 é ultrapassar os 144 recordes paralímpicos quebrados na edição de Londres, em 2012. Mais de 4.300 atletas de 176 países virão ao Rio de Janeiro, onde competirão entre os dias 7 e 18 de setembro mostrando todo o resultado de seus treinos e da simbiose entre o ser humano e os avanços da tecnologia e do design, aliados importantes dos Jogos Paralímpicos.
Desde o surgimento do esporte adaptado nos anos 40, quando passou a ser usado na reabilitação de soldados feriados na II Guerra Mundial, até essa edição carioca dos Jogos Paralímpicos – a décima quinta da história – obtivemos um notável avanço na adaptação de equipamentos de acordo com a necessidade de cada atleta, possibilitando seu desempenho máximo nas competições.
Os modelos de próteses, cadeiras e acessórios seguem uma rígida regulamentação, mas as regras não impedem investimentos e melhorias a cada temporada. As inovações visam conforto e melhora no desempenho a cada disputa por uma medalha.
O programa de 2016 conta com 23 esportes, sendo triatlo e canoagem os mais recentes nessa lista e bocha e goalball disputados exclusivamente nos Jogos Paralímpicos. Já o atletismo, que há 50 anos integra o quadro de modalidades, é visto como uma das atividades mais inclusivas. As provas são divididas de acordo com as deficiências do competidor e é preciso suporte específico quando se relacionam às pernas.
O sul-africano Oscar Pistorius foi o primeiro biamputado da história a participar da competição usando a prótese conhecida como lâmina. O acessório, feito com mais de 80 camadas de fibra de carbono, é leve, flexível, tem encaixe artesanal e desempenha a função que seria do tornozelo e do pé. A junção no corpo é feita a vácuo, o atleta necessita de um longo período de adaptação para conquistar o equilíbrio e evitar lesões.
“Uso o mesmo modelo desde 2008. No primeiro mês, foi um pouco complicado, mas depois tudo ficou mais fácil. Até hoje aprendo um pouco mais sobre a prótese e a cada dois meses vejo como posso melhorar a questão do conforto”, conta Alan Fonteles, campeão paralímpico mundial de atletismo. A vida útil do material é de seis meses, podendo variar de acordo com a intensidade dos treinos. Nos casos em que a perna é amputada na altura da coxa, a prótese com joelho mecânico utiliza cilindros hidráulicos, que simulam o movimento de flexo-extensão dos joelhos. O mecanismo permite não só a corrida, como também o salto em distância com movimento natural de dobra, além da força do impulso.
Alguns atletas que competem sentados utilizam uma cadeira de três rodas. Um túnel de vento foi usado para testar sua aerodinâmica e ficou comprovado que a posição do corpo é afetada diretamente pela resistência do vento. Os modelos tradicionais passaram a ser produzidos com materiais leves, um guidão e rodas ligeiramente inclinadas, chegando a custar quase R$ 25 mil. Além das questões de conforto e desempenho, a tecnologia também é aplicada para facilitar o manuseio dos equipamentos. As cadeiras de rodas das competições de basquete foram refeitas em 2012, quando a estrutura passou a ser de alumínio e o assento foi customizado pela BMW, diminuindo o peso em dois quilos com relação à versão anterior. Agora o atleta se locomove com mais agilidade e consegue voltar mais facilmente à posição inicial em caso de queda.
A leveza do material também chegou até a rampa projetada para as competições de bocha, que agregaram tecnologia utilizada nos chassis e asas dos carros de Fórmula 1. A mudança facilita a posição correta e, consequentemente, a precisão no lançamento da bola. As próteses para ciclistas, conectadas diretamente ao pedal e que dispensam o uso de tênis, e os assentos para projeção de arremesso contam com melhorias na mesma linha. Passando para os esportes aquáticos, os pesquisadores do Centro de Pesquisas da GE no Rio de Janeiro desenvolveram um aplicativo para a o time Brasil de canoagem Paralímpica, que vai fornecer informações em tempo real durante os treinos para melhorar o desempenho de atletas como Fernando “Cowboy” Rufino.
Os investimentos não terminam com o fim dos jogos. Em São Paulo, o Centro Paralímpico Brasileiro (CPB) é o maior legado do programa paralímpico de 2016. Em fase final de contrução, o espaço terá instalações indoor e outdoor para treinamento de 15 esportes, além de formação de profissionais, competições, atividades sociais e avanço das ciências e pesquisas. A expectativa é que seja o Centro de esportes adaptados mais completo do mundo.