Português, perguntado por CháyllaGarajau, 11 meses atrás

Quais foram os fatos históricos que ocorreram no momento do surgimento do Barroco?

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Respondido por Usuário anônimo
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Um fatos historico que eu lembro e o dia que o Rei D.Davi rei foi dar as espadas paras seus 3 filhos para que eles possão seguir sua jornada pelo mundo e sobreviverem e atraz dessa sesão de honra estava as esposas deles chorando por que iriam eprde seu marido.
Respondido por ManuellaPollo
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No século XVIII, o Brasil presenciou o surgimento de uma literatura própria a partir dos escritores nascidos na colônia, quando as primeiras manifestações valorizando a terra surgiram. 

Contexto Histórico 

Os fatos históricos fundamentais da época foram a Primeira invasão holandesa, que ocorreu na Bahia, em 1624, e a Segunda, em Pernambuco, em 1630, que perdurou até 1654. 

As invasões aconteceram na região que concentrava a produção açucareira. 
A produção literária não foi favorecida nesse período, pois a disputa pelo poder no Brasil era evidente e chamava toda a atenção. 

O Barroco surgiu nesse contexto como fruto de esforços individuais, quando os modelos literários portugueses chegaram ao Brasil. 
A arte que se desenvolveu com mais força foi a arquitetura, mas a partir da segunda metade do século as artes sofreram impulso maior. 

Costuma-se considerar a publicação da obra Prosopopéia (1601), de Bento Teixeira, como o marco inicial do Barroco no Brasil. Esse é um poema épico, de estilo cancioneiro que procura imitar Os Lusíadas. 

Os autores barrocos que mais se destacaram são: 
- Gregório de Matos (na poesia); 
- Pe. Vieira (na prosa); 
- Bento Teixeira; 
- Frei Manuel de Santa Maria Itaparica; 
- Botelho de Oliveira; 
- Sebastião da Rocha Pita; 
- Nuno Marques Pereira. 

Gregório de Matos (1633? – 1696) 

Gregório de Matos é o maior poeta barroco brasileiro, sua obra permaneceu inédita por muito tempo, suas obras são ricas em sátiras, além de retratar a Bahia com bastante irreverência, o autor não foi indiferente à paixão humana e religiosa, à natureza e reflexão. 
As obras desse escritor são divididas de acordo com a temática: poesia lírica religiosa, amorosa e filosófica. 

- A lírica religiosa: explora temas como o amor a Deus, o arrependimento, o pecado, apresenta referências bíblicas através de uma linguagem culta, cheia de figuras de linguagem. Veja que no exemplo a seguir o poeta baseia-se numa passagem do evangelho de S. Lucas, quando Jesus Cristo narra a parábola da ovelha perdida e conclui dizendo que “há grande alegria nos céus quando um pecador se arrepende”: 

A JESUS CRISTO NOSSO SENHOR 

Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, 
da vossa alta clemência me despido; 
porque, quanto mais tenho delinqüido, 
vos tenho a perdoar mais empenhado. 

Se basta a vos irar tanto pecado, 
a abrandar-vos sobeja um só gemido: 
que a mesma culpa, que vos há ofendido 
vos tem para o perdão lisonjeado. 

Se uma ovelha perdida, e já cobrada 
glória tal e prazer tão repentino 
vos deu, como afirmais na sacra história, 

eu sou Senhor, a ovelha desgarrada, 
cobrai-a; e não queirais, pastor divino, 
perder na vossa ovelha, a vossa glória. 
(Gregório de Matos) 


- A lírica amorosa: é marcada pela dualidade amorosa entre carne/espírito, ocasionando um sentimento de culpa no plano espiritual. 

- A lírica filosófica: os textos fazem referência à desordem do mundo e às desilusões do homem perante a realidade. 

Em virtude de suas sátiras, Gregório de Matos ficou conhecido como “O boca do Inferno”, pois o poeta não economizou palavrões nem críticas em sua linguagem, que além disso era enriquecida com termos indígenas e africanos. 

Eis um exemplo dos muitos “retratos” que Gregório de Matos compôs: 

Soneto 

A cada canto um grande conselheiro, 
Que nos quer governar cabana, e vinha, 
Não sabem governar sua cozinha, 
E podem governar o mundo inteiro. 

Em cada porta um freqüentado olheiro, 
Que a vida do vizinho, e da vizinha 
Pesquisa. Escuta, espreita, e esquadrinha, 
Para levar à Praça, e ao Terreiro. 

Muitos mulatos desavergonhados, 
Trazidos pelos pés os homens nobres, 
Posta nas palmas toda picardia. 

Estupendas usuras nos mercados, 
Todos, os que não furtam, muito pobres, 
E eis aqui a cidade da Bahia. 

Nesse texto o poeta expõe os personagens que circulavam pela cidade de Salvador - conhecida como Bahia- desde as mais altas autoridades até os mais pobres escravos.
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