quais foram os elementos que fizeram parte do Brasil colonial entre o seculo XVI e XIII
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A Colonização do Brasil, processo também conhecido como Brasil Colônia ou Brasil colonial, ocorreu no período colonial entre os séculos XVI e XIX, em que o território brasileiro era uma colônia do império ultramarino português.
Os termos Brasil Colônia e Brasil colonial são categorias de análise historiográfica e se baseiam no Estado do Brasil, referindo-se às colônias na América Portuguesa que formaram, em 1815, o Reino do Brasil. O processo de colonização durou da primeira metade do século XVI até a primeira metade do século XIX,[nota 1] tendo variações geográficas ao longo de seus quase três séculos de existência, como a existência do Estado do Maranhão, criado em 1621 a partir da repartição norte da América Portuguesa, que foi incorporado ao Estado do Brasil em 1775. Portanto, o termo "Brasil Colônia" é anacrônico e meramente indicativo do período histórico colonial. Durante este período, nunca o atual território brasileiro teve o título ou designação oficial de "colônia". Igualmente, nunca foram utilizadas outras designações hoje frequentemente usadas como referência do "Brasil colonial", como "Principado do Brasil", "Vice-Reino do Brasil" ou "Vice-Reinado do Brasil". Durante o processo de colonização, o atual Brasil teve apenas duas designações oficiais: "Estado do Brasil" e "Reino do Brasil".
Antes da dominação europeia - alcançada por uma expedição portuguesa -, em 1500, o território que hoje é chamado de Brasil era habitado por indígenas. Em contraste com as fragmentadas possessões espanholas vizinhas, as possessões portuguesas, construídas na América do Sul, mantiveram a sua unidade e integridade territorial e linguística mesmo após a independência, dando origem ao maior país da região. A grandeza do atual território brasileiro, construída desde o período colonial, foi resultado da interiorização da metrópole portuguesa no território sul-americano, especialmente após o descobrimento de ouro nos sertões.[1]
A economia do período colonial brasileiro foi caracterizada pelo tripé monocultura, latifúndio e mão de obra escrava, e, apesar das grandes diferenças regionais, manteve-se, no período colonial, a unidade linguística, tendo se formado, nessa época, o povo brasileiro, junção e miscigenação de europeus, africanos e indígenas do Brasil, formando uma cultura autóctone característica.
O descobrimento da América (1492) e o Tratado de Tordesilhas (1494) consolidaram o domínio espanhol no Atlântico Norte e restava a Portugal explorar o Atlântico Sul (além da costa africana) e encontrar o caminho para as Índias pelo sul do Bojador. A viagem de Cabral às Índias de 1500 — depois do retorno de Vasco da Gama — tinha a missão de consolidar o domínio português naquela região e os contatos comerciais iniciados por Vasco da Gama em Calecute. Como escreve C. R. Boxer:
“É irrelevante saber se o Brasil foi descoberto acidental ou propositadamente, (…) mas a Terra de Vera Cruz, como foi batizada pelos descobridores, não demorou a se chamar Brasil devido à lucrativa madeira vermelha utilizada para tingir, assim chamada, que foi encontrada em quantidade razoável ao longo do litoral. O empenho no comércio com a Índia, no ouro da Guiné (Mina) e nas guerras com o Marrocos durante muitos anos impediu a Coroa portuguesa de dedicar atenção à região recentemente descoberta, que não parecia possuir nada melhor além da madeira para tingir, papagaios, macacos e selvagens nus, dos mais primitivos.[2]”Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro no ano de 1500. Óleo sobre tela de Oscar Pereira da Silva (1922).De 1500 a 1530, o contato dos portugueses com o Brasil pareceu limitar-se a expedições rápidas para coleta e transporte de pau-brasil e também de patrulha. Já devia ter ocorrido, no entanto, algumas tentativas de colonização, pois em 15 de julho de 1526 o rei Dom Manuel I autorizou Pero Capico, "capitão de uma capitania do Brasil", a regressar a Portugal porque "lhe era acabado o tempo de sua capitania". A Capico, que era técnico de administração colonial, tinha sido confiada a Feitoria de Itamaracá, no atual estado de Pernambuco.[3][4]