Quais foram as motivações para a Revolução Chinesa?
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Resposta:
A Revolução Chinesa ocorreu na China em dois períodos da sua história, quais sejam: em 1911 e em 1949.
A Revolução Chinesa de 1911 pôs fim ao Período das Dinastias, já a de 1949 marcou a subida dos comunistas ao poder.
Após muitas guerras, fome, revoltas internas, o país finalmente encontrou a prosperidade, após abrir seu comércio para o mundo. Hoje é uma superpotência econômica, que exporta seus produtos para o planeta todo.
Como foi a Revolução Chinesa de 1911?
No decorrer do século XIX, diversas guerras abalaram a estrutura do Império Qing, posto que o mesmo estava enfraquecido.
Entre 1839 e 1860 se deram as Guerras do Ópio, que forçou a fechada China a abrir seus portos ao comércio estrangeiro. Esse conflito também levou à perda de uma fatia de Hong Kong. Já com a Guerra Sino-Japonesa (1894-1895), houve a perda da Manchúria e a Ilha Formosa, hoje Taiwan.
Na Guerra Russo-Japonesa, que se deu entre 1904 e 1905, foram perdidos territórios do Nordeste da China. Por fim, a Guerra dos Boxers, entre 1899 e 1900, visando combater os estrangeiros, também foi um duro golpe para o imperador.
Essas sucessivas derrotas e a incapacidade de reação demonstraram a fragilidade do Império Qing. Isso fez aflorar os ideais nacionalistas, além de espalhar perigosas intenções revolucionárias. Desesperado, o imperador fez uma reforma constitucional em 1906, posto que queria o apoio popular.
Mas em 1905, o líder Sun Yat-sen criou o Partido Nacionalista Kuomintang, que era contra o imperador e os estrangeiros. As novas ideias se espalharam e, em 1911, uma Aliança Revolucionária tomou o poder do Império Chinês.
A Revolução de 1911 não levou paz à China, posto que houve resistência dos grandes proprietários de terra. Por isso o país foi ficou mergulhado num conflito civil longo demais. O povo passou a viver na miséria, além de passar fome e não conseguir uma fonte de renda.
As sucessivas ocupações a que a China foi submetida deram início ao nascimento de um ideal nacionalista. E então se iniciou um processo revolucionário que, ao final, transformou o país em comunista.
Foram muitos anos de guerra civil envolvendo os comunistas de Mao Tsé-tung, além dos nacionalistas de Chiang Kai-shek. Com a vitória comunista em 1949, fundou-se o Partido Comunista Chinês, tendo como chefe supremo Mao Tsé-tung.
A chamada Era do Mao Tsé-tung se estendeu de 1949 até 1976, período em que se consolidou o comunismo. O Estado passou a controlar a economia, assim como as terras foram divididas através da reforma agrária. Tudo isso, obviamente, com a influência da União Soviética.
A China Comunista se tornou um país cada vez mais forte, posto que os soviéticos os auxiliavam financeiramente. Promoveu-se ali a igualdade entre os sexos, instante em que as mulheres passaram a ter papel atuante na manutenção do sistema.
De mera política de passividade, em que sofria constantes invasões estrangeiras, a nação passou à ofensiva. Conquistou o Tibete em 1950, além de se meter na Guerra da Coreia (1950-1953), apoiando a comunista Coreia do Norte.
Um grande revés para a Revolução de 1949 foi projeto O Grande Salto para Frente, de 1958, que pretendia impulsionar a economia. Mas foi um fracasso absoluto, que levou os camponeses a morrerem de fome.
Essa tragédia social, em 1966, desencadeou a Revolução Cultural Chinesa, liderada pelo próprio Mao Tsé-tung. Ele pretendia recuperar a ideologia revolucionária perdida. O movimento se estendeu por uma década e terminou em 1976, com a morte de Mao.
Depois disso, a China entrou num processo de abertura econômica e de integração internacional. Isso levou a nação a se industrializar e, com o tempo, a se tornar uma grande potência mundial.
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