Quais foram as consequências sociais e econômicas do fordismo?
Soluções para a tarefa
o fordismo, mais de que
sobre as próprias políticas econômicas, baseou sua força homogeneizadora
nas novas caraterísticas da relação salarial. É por isso que o período de
difusão das políticas econômicas de inspiração keynesiana e por fortes e
regulares taxas de crescimento, foi o da vigência da relação salarial
fordista4 . Todos os outros elementos (concorrência monopolista, mercado
auto-centrado, economias de escala) aparecem tão importantes
quanto determinados, em ultima instância, pela relação salarial fordista.
Noções diferentes, de tipo gerencial ou
sociológico, que, todas, tratam de dar conta do deslocamento qualitativo
próprio do Pós-Fordismo. Mas, por interessantes que elas sejam, essas
noções não conseguem dar conta das transformações paradigmáticas que
o deslocamento determina. Em particular, como veremos, elas sãoincapazes de emancipar-se plenamente de uma visão do Pós-Fordismo
como mera etapa na linha de progresso ‘fabril’. A heterodoxia não
consegue chegar a definir e apreender a mudança de paradigma, se não
de um ponto de vista meramente interno aos padrões fabris. É por isso que
nenhuma dessas abordagens consegue universalizar os diferentes modelos
que pareciam caraterizar alguns países ou algumas industrias mais
dinâmicos na crise do fordismo. Os termos de ‘Toyotismo’ ou de ‘modelo
alemão’ não chegaram portanto a generalizar-se afirmando-se em quanto
novos referentes conceituais de definição e norteamento do novo paradigma.
Com efeito, podemos definir uma primeira aproximação conceitual
que alcance o deslocamento paradigmático e reformular portanto
os dois eixos colocados acima: a) o processo de desterritorialização pode
ser pensado como algoque se alimenta da reorganização produtiva dos
territórios desenhados por novas formas de cooperação criativa e produtiva;