Quais foram as consequência da queda de romã
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A queda do Império Romano no Ocidente em 476 d.C. trouxe muitas consequências, dentre elas a ascensão dos povos bárbaros e surgimento do feudalismo, fazendo as pessoas voltarem para os campos.
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Prezada Giovanna,
Para analisar as consequência do fim do império romano é interessante analisar quem eles foram. Roma foi um dos impérios mais duradouros que já houve. Eles possuíam características que ainda hoje nos impressionam. Imagine, por exemplo, que as cidades recebiam águas trazidas de fontes puras distantes, das montanhas, chegando através dos aquedutos. Os cidadãos mais importantes (e ricos) recebiam água encanada em casa. Os mais pobres podiam beber água nas diversas fontes da cidade, adornadas com belas estátuas. Havia banheiros públicos, nos quais embaixo dos sanitários corria água que levava os dejetos para longe das cidades (saneamento básico, coisa que muitas cidades não possuíam). Além disso, havia as termas, locais chamados termas com várias piscinas, com diferentes temperaturas (escravos aqueciam a água nas temperaturas desejadas). Todos os cidadãos romanos podiam (e deviam) tomar banho, frequentemente, nas termas, havendo áreas para homens e outras para mulheres. Nesse sentido, os romanos gostavam de se diferenciar dos bárbaros em razão de serem limpos e não cheirarem tão mal como os outros povos.
Inclusive, havia o uso da energia hidráulica, a força dos rios, para movimentar engrenagens que moíam o trigo, auxiliando a fabricar o pão mais barato da Antiguidade. Imagine, ainda, que nos estádios se distribuía pão gratuitamente enquanto eram exibidos espetáculos extraordinários, inclusive, enchiam o coliseu com água para realizarem batalhas com navios de verdade. A água era também rapidamente retirada para os espetáculos com os gladiadores, pessoas dos mais diferentes raças e povos, que lutavam contra animais trazidos de diferentes partes do mundo conhecido de então ou uns contra os outros.
Nas cidades que criavam ou nas regiões que conquistavam, eles desenvolviam cidades com infraestrutura semelhante à Roma, utilizando uma espécie de cimento, feito de cinzas vulcânicas e outros elementos. Havia uma extensa rede de estradas, que favoreciam o comércio, de modo que a capital do império Romano reunia a melhor engenharia, tecnologia, conhecimento, poesia. Muitos enviavam pessoas para estudarem em Roma e aprenderem um pouco do enorme conhecimento acumulado em Roma, aproveitado da Grécia e de muitos outros povos. Dentro do império, havia relativa paz, a Pax Romana, com base no forte exército e autoritarismo de Roma.
Com a queda de Roma, a Europa foi invadida por diversas tribos bárbaras, que mataram, estupraram, saquearam e destruíram quase tudo o que havia. Com a destruição dos aquedutos houve a ausência da água encanada nas cidades, a população urbana diminuiu drasticamente em razão de que as pessoas fugiram em direção ao campo e aos locais em que havia rios e lagos. Bibliotecas foram destruídas, sábios e professores foram mortos, epidemias se espalharam. Houve o abandono das cidades, a falência da atividade comercial, o fechamento do Mar Mediterrâneo por tribos bárbaras, dificultando o acesso aos produtos de outras regiões.
A Europa mergulhou na "Idade das Trevas", pois as pessoas olhavam as ruínas das cidades e viam banhos públicos, encanamentos de água, obras de arte e de engenharia extraordinários, dentre outras características. Comparavam a sujeira, a fome, o sofrimento, o trabalho excessivo e sem perspectivas de melhoria, a insegurança constante, a falte de médicos, dentre outras coisas, percebendo que viviam muito pior ao se compararem a época dos romanos. O número de pessoas alfabetizadas diminuiu muito. O de escritores, ainda mais. As pessoas, desesperadas frente às duras condições de vida e às constantes violências às quais eram submetidas, buscavam a igreja para conseguir paz, mesmo que fosse na vida após a morte. Buscando garantir sua vaga no céu, doavam seus bens e suas terras para os padres e religiosos, de modo que a igreja católica chegou a ter mais de 60% das terras europeias.
Enfim, conforme bem retratado no filme (e livro) "O nome da Rosa", as consequências da queda de Roma foram séculos de ignorância, misticismo, selvageria, sofrimento, dor, desespero, fome, nos quais havia uma estrutura de organização social baseada nos feudos, grandes propriedades de terra sob domínio do senhor feudal, que eram, praticamente autossuficientes, realizando, eventualmente, trocas.
A herança de Roma e da Grécia foi redescoberta no Renascimento, nas qual os artistas e sábios buscavam inspiração nas obras antigas dos romanos, espalhadas por todas as cidades, os cientistas obtiveram acesso aos livros romanos que conseguiram escapar da destruição, muitos guardavam o conhecimento aprendido com os gregos e muitos outros povos. Outra consequência da queda de Roma foram as sucessivas alterações do latim vulgar falado em províncias romanas mais distantes e sua transformação no português, no espanhol, no francês, no romeno, e no italiano, que são algumas das línguas mais faladas da atualidade.
Para analisar as consequência do fim do império romano é interessante analisar quem eles foram. Roma foi um dos impérios mais duradouros que já houve. Eles possuíam características que ainda hoje nos impressionam. Imagine, por exemplo, que as cidades recebiam águas trazidas de fontes puras distantes, das montanhas, chegando através dos aquedutos. Os cidadãos mais importantes (e ricos) recebiam água encanada em casa. Os mais pobres podiam beber água nas diversas fontes da cidade, adornadas com belas estátuas. Havia banheiros públicos, nos quais embaixo dos sanitários corria água que levava os dejetos para longe das cidades (saneamento básico, coisa que muitas cidades não possuíam). Além disso, havia as termas, locais chamados termas com várias piscinas, com diferentes temperaturas (escravos aqueciam a água nas temperaturas desejadas). Todos os cidadãos romanos podiam (e deviam) tomar banho, frequentemente, nas termas, havendo áreas para homens e outras para mulheres. Nesse sentido, os romanos gostavam de se diferenciar dos bárbaros em razão de serem limpos e não cheirarem tão mal como os outros povos.
Inclusive, havia o uso da energia hidráulica, a força dos rios, para movimentar engrenagens que moíam o trigo, auxiliando a fabricar o pão mais barato da Antiguidade. Imagine, ainda, que nos estádios se distribuía pão gratuitamente enquanto eram exibidos espetáculos extraordinários, inclusive, enchiam o coliseu com água para realizarem batalhas com navios de verdade. A água era também rapidamente retirada para os espetáculos com os gladiadores, pessoas dos mais diferentes raças e povos, que lutavam contra animais trazidos de diferentes partes do mundo conhecido de então ou uns contra os outros.
Nas cidades que criavam ou nas regiões que conquistavam, eles desenvolviam cidades com infraestrutura semelhante à Roma, utilizando uma espécie de cimento, feito de cinzas vulcânicas e outros elementos. Havia uma extensa rede de estradas, que favoreciam o comércio, de modo que a capital do império Romano reunia a melhor engenharia, tecnologia, conhecimento, poesia. Muitos enviavam pessoas para estudarem em Roma e aprenderem um pouco do enorme conhecimento acumulado em Roma, aproveitado da Grécia e de muitos outros povos. Dentro do império, havia relativa paz, a Pax Romana, com base no forte exército e autoritarismo de Roma.
Com a queda de Roma, a Europa foi invadida por diversas tribos bárbaras, que mataram, estupraram, saquearam e destruíram quase tudo o que havia. Com a destruição dos aquedutos houve a ausência da água encanada nas cidades, a população urbana diminuiu drasticamente em razão de que as pessoas fugiram em direção ao campo e aos locais em que havia rios e lagos. Bibliotecas foram destruídas, sábios e professores foram mortos, epidemias se espalharam. Houve o abandono das cidades, a falência da atividade comercial, o fechamento do Mar Mediterrâneo por tribos bárbaras, dificultando o acesso aos produtos de outras regiões.
A Europa mergulhou na "Idade das Trevas", pois as pessoas olhavam as ruínas das cidades e viam banhos públicos, encanamentos de água, obras de arte e de engenharia extraordinários, dentre outras características. Comparavam a sujeira, a fome, o sofrimento, o trabalho excessivo e sem perspectivas de melhoria, a insegurança constante, a falte de médicos, dentre outras coisas, percebendo que viviam muito pior ao se compararem a época dos romanos. O número de pessoas alfabetizadas diminuiu muito. O de escritores, ainda mais. As pessoas, desesperadas frente às duras condições de vida e às constantes violências às quais eram submetidas, buscavam a igreja para conseguir paz, mesmo que fosse na vida após a morte. Buscando garantir sua vaga no céu, doavam seus bens e suas terras para os padres e religiosos, de modo que a igreja católica chegou a ter mais de 60% das terras europeias.
Enfim, conforme bem retratado no filme (e livro) "O nome da Rosa", as consequências da queda de Roma foram séculos de ignorância, misticismo, selvageria, sofrimento, dor, desespero, fome, nos quais havia uma estrutura de organização social baseada nos feudos, grandes propriedades de terra sob domínio do senhor feudal, que eram, praticamente autossuficientes, realizando, eventualmente, trocas.
A herança de Roma e da Grécia foi redescoberta no Renascimento, nas qual os artistas e sábios buscavam inspiração nas obras antigas dos romanos, espalhadas por todas as cidades, os cientistas obtiveram acesso aos livros romanos que conseguiram escapar da destruição, muitos guardavam o conhecimento aprendido com os gregos e muitos outros povos. Outra consequência da queda de Roma foram as sucessivas alterações do latim vulgar falado em províncias romanas mais distantes e sua transformação no português, no espanhol, no francês, no romeno, e no italiano, que são algumas das línguas mais faladas da atualidade.
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