História, perguntado por EllenCarolineIk, 11 meses atrás

Quais foram as ações que desenvolveram a favor da Abolição por Antônio Bento?
Pfvr me ajudem esse trabalho é para entregar segunda-feira ...
Agradeço desde já! ♡

Soluções para a tarefa

Respondido por HiyoriNyah
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O abolicionista Antônio Bento
Antônio Bento de Sousa e Castro (São Paulo, 17 de fevereiro de 1843 — 8 de novembro de 1898) foi promotor público, juiz e abolicionista brasileiro.

Matriculou-se na Faculdade de Direito do Largo São Francisco em 1864, formando-se em 1868. Foi promotor público das cidades de Botucatu e Limeira. Juiz na cidade de Atibaia, foi o responsável pela libertação dos escravos negros contrabandeados depois de 1831 para esta cidade.

Voltou a São Paulo em 1877, onde reorganizou a Confraria de Nossa Senhora dos Remédios e em 1880 conhece Luís Gama, negro e líder do movimento emancipador dos escravos na então Província de São Paulo.

Com a morte de Luís Gama em 24 de agosto de 1882, Antônio Bento assume a liderança do movimento abolicionista paulista. Dentre os membros deste movimento podemos citar Macedo Pimentel, Arcanjo Dias Baptista, cônego Guimarães Barroso, Hipólito da Silva, Carlos Garcia, Bueno de Andrada e Muniz de Sousa na Capital da província. No interior e na cidade litorânea de Santos tivemos o major Pinheiro, Santos Garrafão e o negro Quintino de Lacerda.

Trabalhavam até então no arbitramento das leis que garantiam a liberdade aos contrabandeados após a proibição inglesa e na propaganda abolicionista, principalmente nas lojas maçônicas. Antonio Bento pertenceu a Loja Piratininga, ainda existente. Organizou o movimento dos Caifazes, este movimento enviava emissários ao interior da Província de São Paulo, que por sua vez entravam em contato com os escravos das fazendas e lhe incentivavam a fuga e lhes garantiam recursos para as viagens e refúgios.

Após a fuga os negros eram acomodados nas casas de Antonio Bento e seus irmãos de ideais. Eram enviados ao quilombo Jabaquara em Santos e de Santos enviados para a Província do Ceará (que já havia decretado a liberdade aos seres humanos da raça negra).

Com o crescimento da consciência de igualdade racial, e cedendo às pressões populares a milícia passou a se recusar a perseguir os negros em fuga. Muitas cidades decretaram antes da Lei Áurea a libertação dos escravos negros. Com isto, Antônio Bento conseguiu que alguns senhores contratassem os negros fugitivos como trabalhadores livres e assalariados, dando início ao retorno destes de Santos.

A atividade dos Caifazes foi tão ativa que no livro da historiadora Maria Helena Petrillo Berardi ('Santo Amaro', 1969) encontramos a declaração de Afonso de Freitas de que em dez anos "não existiria mais escravos em São Paulo".

EllenCarolineIk: Obrigada de vdd vc mim ajudou muito♡!!
HiyoriNyah: De nada ; )
Respondido por souzaecastro
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Resposta:

CAIFAZES & ANTONIO BENTO

Entendendo o Brasil atual

                                                                                             Prof. Dr. Marco Antonio Villa

Recordar Antônio Bento é fundamental para todos aqueles que lutam e almejam um Brasil democrático, fundado nos valores iluministas oriundos da Revolução Francesa. Um Brasil que não comungue, em momento algum, com a injustiça. Um Brasil que seja solidário.

Li, com enorme prazer, este belo livro sobre Antônio Bento. Curiosamente, no início dos anos 1990, na Biblioteca Mario de Andrade, no centro de São Paulo, estava pesquisando o jornal O Estado de S. Paulo. Naquele momento, escrevia a minha tese de doutorado sobre Canudos, a comunidade e a guerra de 1896-1897. Ao ler o Estadão – manuseava as edições originais! – buscava compreender historicamente aqueles anos, o republicanismo que já estava no poder desde 1889 e a crise política que marcou boa parte do quadriênio Prudente de Morais. Buscava também ler os artigos de Euclides da Cunha, e não só aqueles que deram origem ao célebre Diário de uma expedição, publicados em forma de livro somente meio século depois, com uma excelente introdução de Gilberto Freyre. Em meio à pesquisa, encontrei em um dos exemplares do Estadão uma menção a Antônio Bento. Já o conhecia historicamente das minhas leituras sobre o abolicionismo em São Paulo. Admirava sua ação. Admirava a Sociedade dos Caifazes. Admirava sua coragem e ousadia. Mas, para mim, sua vida era um mistério. Quem ele era, como se formou a sua ação revolucionária no abolicionismo, seu pensamento político, e como se posicionou após a Proclamação da República?

Muitos anos depois, visitando o cemitério da Consolação, estava gravando uma série sobre a história do Estado de São Paulo, e, próximo entrada, vi o túmulo de Antônio Bento. Chamou a minha atenção a alegoria. Na hora, fiz a associação com os Caifazes. Disse isso aos colegas da TV Cultura que me acompanhavam nas filmagens. Novamente, recordei as perguntas não respondidas sobre Antônio Bento e que vinham desde o final do século passado.

Posso dizer, com tranquilidade, que todas as minhas dúvidas foram sanadas pelo excelente livro de Luiz Antônio Muniz de Souza e Castro e Débora Fiuza de Figueiredo Orsi. Pesquisadores rigorosos, foram atrás das fontes primárias, enfrentaram obstáculos comuns aqueles que desenvolvem

trabalhos históricos no Brasil – parodiando Euclides da Cunha, o pesquisador . antes de tudo um forte. No final, entregam ao leitor uma biografia completa que reapresenta aos brasileiros esse personagem injustamente esquecido ou, se preferirem, não suficientemente reverenciado.

Convido a todos os que se interessam pela História do Brasil a ler A Redenção de Antônio Bento. Tenho certeza de que irão gostar. Haverão de admirar esse cidadão brasileiro comprometido com os valores do humanismo e da liberdade. E que colocou em prática seus princípios, enfrentou os poderosos e venceu.

Explicação:

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