Quais espécies da flora de alagoas estão em extinção???????
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Espécies da flora alagoana tornam-se raras e ficam mais perto da extinção (Foto: Jamylle Bezerra)
Pouco a pouco elas estão desaparecendo. Por motivos diversos, muitas plantas, antes comuns em Alagoas, passaram a integrar a categoria das espécies raras no estado, ficando a apenas alguns passos da extinção. São árvores de grande, médio e pequeno portes que vêm sofrendo não só com o desmatamento, decorrente, em grande parte, da expansão imobiliária e hoteleira nos litorais Norte e Sul. Há também aquelas que, de tão utilizadas de forma desenfreada pelo homem, vão sumindo e deixando 'órfãos' os próprios predadores.
Até este ano, Alagoas nunca teve uma lista oficial das plantas em extinção ou que estão prestes a entrar para esta categoria. Apesar disso, especialistas que trabalham com a flora alagoana têm constatado, durante as ações em campo, que está cada vez mais difícil encontrar algumas espécies no estado. São umbuzeiros, begônias, bromélias, braúnas, cedros, ipês, aroeiras, quixabeiras, ouricuris, mangabeiras e barbatimões, naturais de áreas de Mata Atlântica ou da Caatinga, que tiveram as populações dizimadas e não mais foram recolocados na natureza.
Curadora do herbário, Rosângela Pereira destaca o desmatamento das mangabeiras no Litoral Norte de Alagoas (Foto: Jamylle Bezerra)
Expansão Imobiliária
De acordo com a bióloga e curadora do Herbário MAC, do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), Rosângela Pereira, a estimativa é de que pelo menos 40% das mangabeiras já tenham sido desmatadas no Litoral Norte do estado, região antes rica dessa árvore frutífera. "Muitas espécies não são mais vistas tão facilmente como antes. A mangabeira, que é um símbolo do Litoral Norte, corre hoje um sério risco de desaparecer e entrar em extinção em Alagoas. Isso tem acontecido por conta da expansão imobiliária no local", afirma.
O problema é sério e tem afetado o cotidiano das pessoas que dependem da venda da fruta - a mangaba - para sobreviver. Só na cidade de Maragogi, entre o povoado de Ponta de Mangue e o distrito de Peroba, são mais de quarenta famílias trabalhando na atividade. Nos últimos anos, de olho na expansão imobiliária, os donos de sítios têm dificultado o acesso das catadoras às propriedades e cercado os espaços que, em pouco tempo, transformam-se em loteamentos.
Com a atividade ameaçada, as catadoras de mangaba são obrigadas a comprar o fruto para não deixar a clientela desabastecida, contrariando a lógica da cultura extrativista. Esse fenômeno ocorre desde 2011, período que coincide com o crescimento imobiliário na região. "A gente acha melhor comprar do que entrar nos sítios dos outros e arrumar confusão", enfatizou a catadora Célia Maria da Silva, de 40 anos, que mora em Ponta de Mangue
Pouco a pouco elas estão desaparecendo. Por motivos diversos, muitas plantas, antes comuns em Alagoas, passaram a integrar a categoria das espécies raras no estado, ficando a apenas alguns passos da extinção. São árvores de grande, médio e pequeno portes que vêm sofrendo não só com o desmatamento, decorrente, em grande parte, da expansão imobiliária e hoteleira nos litorais Norte e Sul. Há também aquelas que, de tão utilizadas de forma desenfreada pelo homem, vão sumindo e deixando 'órfãos' os próprios predadores.
Até este ano, Alagoas nunca teve uma lista oficial das plantas em extinção ou que estão prestes a entrar para esta categoria. Apesar disso, especialistas que trabalham com a flora alagoana têm constatado, durante as ações em campo, que está cada vez mais difícil encontrar algumas espécies no estado. São umbuzeiros, begônias, bromélias, braúnas, cedros, ipês, aroeiras, quixabeiras, ouricuris, mangabeiras e barbatimões, naturais de áreas de Mata Atlântica ou da Caatinga, que tiveram as populações dizimadas e não mais foram recolocados na natureza.
Curadora do herbário, Rosângela Pereira destaca o desmatamento das mangabeiras no Litoral Norte de Alagoas (Foto: Jamylle Bezerra)
Expansão Imobiliária
De acordo com a bióloga e curadora do Herbário MAC, do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), Rosângela Pereira, a estimativa é de que pelo menos 40% das mangabeiras já tenham sido desmatadas no Litoral Norte do estado, região antes rica dessa árvore frutífera. "Muitas espécies não são mais vistas tão facilmente como antes. A mangabeira, que é um símbolo do Litoral Norte, corre hoje um sério risco de desaparecer e entrar em extinção em Alagoas. Isso tem acontecido por conta da expansão imobiliária no local", afirma.
O problema é sério e tem afetado o cotidiano das pessoas que dependem da venda da fruta - a mangaba - para sobreviver. Só na cidade de Maragogi, entre o povoado de Ponta de Mangue e o distrito de Peroba, são mais de quarenta famílias trabalhando na atividade. Nos últimos anos, de olho na expansão imobiliária, os donos de sítios têm dificultado o acesso das catadoras às propriedades e cercado os espaços que, em pouco tempo, transformam-se em loteamentos.
Com a atividade ameaçada, as catadoras de mangaba são obrigadas a comprar o fruto para não deixar a clientela desabastecida, contrariando a lógica da cultura extrativista. Esse fenômeno ocorre desde 2011, período que coincide com o crescimento imobiliário na região. "A gente acha melhor comprar do que entrar nos sítios dos outros e arrumar confusão", enfatizou a catadora Célia Maria da Silva, de 40 anos, que mora em Ponta de Mangue
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