História, perguntado por lucaspolinski6, 10 meses atrás

Quais eram os principais jornais operários no início do século XX? ​

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Respondido por 4544236222
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Resposta:Resumirei os dados contidos nesse artigo. Os maiores jornais do Rio, na época em que ocorreu a greve, eram o Diário do Rio de Janeiro, o Correio Mercantil e o Jornal do Comércio. Os operários gráficos, que trabalhavam nas oficinas desses jornais, pediram um pequeno aumento nos respectivos salários

Explicação:

Os maiores jornais do Rio, na época em que ocorreu a greve, eram o Diário do Rio de Janeiro, o Correio Mercantil e o Jornal do Comércio. Os operários gráficos, que trabalhavam nas oficinas desses jornais, pediram um pequeno aumento nos respectivos salários. Os patrões, depois de protelarem a resposta durante um mês inteiro, acabaram negando o modesto pedido. Esta resposta negativa foi dada a 8 de janeiro de 1858. No dia seguinte, 9 de janeiro, nenhum jornal saiu à rua. Mas os grevistas não se limitaram a abandonar as oficinas onde trabalhavam. Não: reuniram-se, recorreram a todos os recursos disponíveis e resolveram publicar o seu próprio jornal. Era seu intuito não deixar o público em falta e ao mesmo tempo utilizar o novo órgão como instrumento de defesa na luta que haviam iniciado. Saiu assim o 1º número do Jornal dos Tipógrafos no domingo, 10 de Janeiro de 1858.

A luta, nada fácil, como se pode imaginar, prolongou-se durante pelo menos dois meses, segundo é de supor à vista da coleção de 60 números publicados diariamente pelo Jornal dos Tipógrafos. Os patrões lançaram mão de todos os meios para liquidar o movimento: a polícia, o ministro da Justiça, o ministro da Fazenda, a Imprensa Nacional, o suborno, a intriga, a difamação, e acabaram vencendo; mas a resistência e a combatividade dos grevistas ainda hoje constituem motivo de admiração, levando-nos a recordar o fato como um dos mais gloriosos episódios da história das lutas operárias em nossa terra.

No artigo de Maurício Vinhas de Queiroz, que estou resumindo, ressalta-se, com toda a razão, que a greve de 1858, tal qual se desenrolou, teria sido impossível se não fosse a existência, já então, de uma organização profissional dos tipógrafos, a Imperial Associação Tipográfica Fluminense, fundada desde 1853, e certamente um dos primeiros agrupamentos operários surgidos no país. Era uma associação de caráter mutualista, com finalidades meramente beneficentes; mas o próprio fato da organização dos operários, unidos pelo sentimento de solidariedade profissional, levava-os, por sua vez, pela natureza mesma do desenvolvimento associativo, a uma consciência de classe cada vez mais clara. A greve, ação de classe, produziu o “momento” necessário à manifestação prática da consciência. A Associação Tipográfica possuía em caixa a importância de 12 contos de réis, destinados normalmente aos fins de beneficência associativa. Pois bem, a Associação empregou 11 contos — quantia elevada para a época e que representava quase todo o seu patrimônio em dinheiro — na manutenção do Jornal dos Tipógrafos. De órgão limitado a simples atividade mutualista, a Associação adquiria de pronto o caráter de legítima representante dos interesses de classe.

Não por acaso estampava o Jornal dos Tipógrafos, em artigo escrito em plena batalha, as palavras que se seguem:

“Já é tempo de acabarem as opressões de toda a casta; já é tempo de se guerrear por todos os meios legais toda exploração do homem pelo mesmo homem.”

Até ao Advento da República

Compreende-se que os operários gráficos, trabalhando em tipografias e fazendo jornais para os outros, tenham sido os primeiros a pensar em fazer jornais para a própria classe. Depois da admirável experiência do Jornal dos Tipógrafos, e passados quase dez anos, coube ainda aos gráficos a iniciativa de um periódico operário: O Tipógrafo, publicado aqui no Rio nos anos de 1867 a 1868. Encontramos outro título de jornal, em 1881, provavelmente feito também por tipógrafos: Gutemberg. E, já nas vésperas da República, em 1888, apareceu a Revista Tipográfica, que alcançou o novo regime. Em artigo assinado por seu diretor, Luiz de França, no qual se encarecia a necessidade de se organizar o partido operário brasileiro, lemos estas informações:

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