Quais eram os materiais utilizados pelo artista plástico Walter Smetak
Soluções para a tarefa
Resposta:
1. Intervalo entre duas notas menor do que o praticado na música ocidental.
Explicação:
Passa a dedicar-se com mais afinco à luteria e à criação. É homenageado por Gilberto Gil (1942) com a composição Língua do P ("Smetak, tak, tak"), gravada por Gal Costa (1945) em 1970. Forma em 1973 o Conjunto dos Mendigos, sexteto de violões experimental do qual fazem parte Gilberto Gil, Gereba (1946), Tuzé de Abreu (1948), Marco Antônio Guimarães, Rogério Duarte (1939) e Fredera. Recebe em 1974 o Prêmio Personalidade Global para música da Rede Globo de Televisão, e no mesmo ano é lançado Smetak, primeiro LP do compositor, produzido por Caetano Veloso e Roberto Santana. O segundo LP, Interregno, é lançado em 1980. Dois anos depois é convidado a participar do Festival de Berlim, além de publicar o livro O Retorno ao Futuro - O Retorno ao Espírito. Entre 9 de outubro e 21 de dezembro de 2008 ocorre no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) a exposição retrospectiva do projeto Smetak Imprevisto, que cataloga e digitaliza o acervo do compositor e restaura suas "plásticas sonoras".
Nos fins da década de 1940, a cidade de Salvador vê surgir um ambiente de grande efervescência cultural. Na ocasião da fundação da Universidade da Bahia (UBA), seu primeiro reitor, Edgard Santos, convida um conjunto expressivo de artistas e intelectuais para compor o corpo docente da área de artes, comprometidos com a experimentação e com a vanguarda, entre eles a arquiteta italiana Lina Bo Bardi (1914-1992), a dançarina polonesa Yanka Rudzka (1916-2008), o compositor alemão Hans Joachim Koellreutter, o fotógrafo e antropólogo francês Pierre Verger (1902-1996) e, em 1957, Walter Smetak. Esse grupo colabora para a formação de jovens como Glauber Rocha (1939-1981), Caetano Veloso, Tom Zé (1936) e Gilberto Gil, integrantes de movimentos artísticos como o cinema novo e a tropicália.
Ministrando aulas de violoncelo nos seminários livres de música da UBA, num ambiente ainda pouco institucionalizado, Smetak encontra espaço para elaborar uma obra experimental, o que não consegue fazer no Rio de Janeiro e em São Paulo. Desenvolve ali sua inclinação para a restauração e a criação de instrumentos bem como as alia a suas pesquisas musicais.
Até sua estada no Rio de Janeiro, Smetak é um violoncelista e compositor tradicional, trabalhando como instrumentista de orquestra e compondo para formações comuns como violoncelo e piano e orquestra de cordas. Na década de 1950 frequenta a Sociedade Brasileira de Eubiose (anteriormente Sociedade Teosófica Brasileira), cuja filosofia procura religar integralmente as dimensões do sagrado, profano, divino e humano. O contato com a eubiose altera profundamente a obra artística do compositor, que passa a orientar sua produção musical no sentido de "religar" suas dimensões, além de ouvir o som, vê-lo, tocá-lo, senti-lo. Assim, procura desenvolver instrumentos que dêem conta desse objetivo. Como exemplo, o instrumento intitulado vina, que Smetak descreve no encarte de seu disco como "um templo em miniatura e expressa uma doutrina", somado a um executando que seja "uma pessoa de grande cultura, de saber universal e integral", uma espécie de sacerdote vestindo um manto branco que deve ficar de costas para a plateia, cumpre esse papel metafísico. A improvisação que realiza ao instrumento deve ser como uma revelação, que ele sente e traduz aos ouvintes. O instrumento é repleto de simbologias: entre elas, as três cabaças que formam seu corpo representam os deuses da mitologia hindu Shiva, Vishnu e Brahma. Os instrumentos de Smetak são chamados pelo curador da 1ª Bienal de Artes Plásticas, Juares Paraíso, de plásticas sonoras, termo que o compositor passa a utilizar.
É por meio dessa metafísica que Smetak procura então trabalhar com as frequências mínimas perceptíveis, gerando composições baseadas em microtons1 e na análise do som.