Quais eram os interesses ligados ao federalismo no inicio da República?
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Assim, o Rio Grande do Sul se viu tomado por dois grupos políticos antagônicos no início da República brasileira. De tal forma que não tardou para que as desavenças chegassem ao meio dos conflitos armados. De um lado estavam os maragatos, que defendiam as proposições do Partido Federalista. E, de outro lado, estavam os pica-paus, apoiadores de Júlio de Castilhos, chefe do Partido Republicano no Rio Grande do Sul. O confronto começou com a concentração de tropas do maragato João Nunes da Silva Tavares em uma região do Uruguai próxima à cidade brasileira de Bagé. Os maragatos promoveram a dominação da fronteira e exigiram que Júlio de Castilhos fosse deposto. Este havia sido eleito pelo povo, em voto direto. Mas os maragatos queriam sua saída do poder e ainda almejavam a realização de um plebiscito em que a população pudesse escolher pelo tipo de governo que desejavam.
Mas as desavenças que se acentuaram no Rio Grande do Sul logo repercutiram pelo restante do Brasil. Não só a estabilidade da política gaúcha estava em crise, mas ameaçava também toda a política nacional. À época, o marechal Floriano Peixoto ocupava o cargo de Presidente do Brasil. Sua primeira medida sobre o que acontecia no Rio Grande do Sul foi enviar tropas federais ao estado para apoiar Júlio de Castilhos. Era a defesa da legalidade, ou seja, dar apoio a um governante eleito por voto direto dentro dos preceitos estabelecidos pela Constituição brasileira que havia sido promulgada em 1891. Por esse motivo, as tropas foram chamadas de legalistas e se dividiram em três fontes de combate, uma ao norte do estado, uma marchando em sentido à capital e outra para atacar a região central do Rio Grande do Sul. O governador gaúcho, por sua vez, convocou também a polícia estadual para defender seu governo.