Quais eram os avanços e os limites da revolução de Pernambuco? (URGENTE)
é pra amanha...
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Resposta:
Pernambuco: revoluções e perdas territoriais
"A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem: a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las"
Santo Agostinho
O território é mais do que uma simples divisão administrativa. Na análise do território, os aspectos geológicos, geomorfológicos, hidrográficos e recursos naturais ficam em segundo plano, visto que sua abordagem privilegia as relações de poder estabelecidas no espaço. Sendo assim, através de relações de poder, são criadas fronteiras entre países, regiões, estados, municípios, bairros e até mesmo áreas de influência de um determinado grupo.
Pernambuco parece pequeno comparado a vários estados do Brasil. Todavia, já foi bem maior, em território e em área de influência. A capitania, em seu auge territorial, abrangia os atuais estados federativos de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e a porção oeste do atual estado da Bahia, área até então conhecida como Comarca do São Francisco.
Entre 1630 e 1654, a então capitania tinha sido governada pelos holandeses. Os invasores foram expulsos pelos pernambucanos, que, em vez de proclamar independência, optaram por voltar a ser colônia de Portugal. Ao fazer isso, eles se sentiram bastante autônomos.
A Batalha dos Guararapes - Com a insurreição pernambucana
os invasores holandeses foram expulsos do Brasil
Os comerciantes estrangeiros que aportavam no Recife traziam um bocado de novas idéias. E algumas delas não combinavam em nada com a situação colonial: como os princípios de liberdade e igualdade que haviam inspirado a independência americana, em 1776, e a Revolução Francesa, em 1789.
Quando esses ideais se juntaram à indignação diante dos impostos, o caldeirão revolucionário começou a ferver. Entre 1817 e 1824, a província se manteve em estado de rebeldia constante, tornando-se uma pedra no sapato do rei português Dom João VI e, depois, do imperador brasileiro Dom Pedro I.
Revolução de 1817 - vitral do Palácio
do Campo das Princesas
Em 1817, os pernambucanos ingressam no clima da Revolução Francesa, na Independência dos Estados Unidos e nas lutas pela emancipação da América Hispânica. A corte portuguesa estava estabelecida no Brasil, no Rio de Janeiro, e limita os poderes das províncias.
No mesmo ano a Revolução Pernambucana se iniciou, e durou 70 dias. A punição do Príncipe Regente D. João aos revoltosos incluiu perdas de território da província. Pernambuco perdeu toda a área conhecida como Comarca de Alagoas. O decreto foi assinado em 16 de setembro de 1817.
Em março de 1824, D. Pedro I dissolve a Assembléia Constituinte e outorga a Constituição. As elites de Pernambuco contestam a legitimidade do ato. E em 2 de julho de 1824, os revoltosos proclamaram a independência da província de Pernambuco, que convidou outras províncias para que se unissem a mesma e formassem a Confederação do Equador. O país seria formado pelas províncias do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Pernambuco. Não dura muito e, em setembro de 1824, a revolta é sufocada.
Confederação do Equador 1824 - Exército imperial
Pernambuco perde o território da Comarca do São Francisco, como punição ao desencadeamento do movimento separatista. D. Pedro I anexou o território provisoriamente a Minas Gerais e, em 1827, ao estado da Bahia.
A tradição republicana de Pernambuco lhe trouxe perdas territoriais. Todavia, as revoluções protagonizadas pelos pernambucanos, de fato, anunciaram percepções essenciais num processo de independência de colônias: o antagonismo entre colonizados e colonizadores.
Hoje, o estado de Pernambuco, possui uma área de 98.312 km² e faz limite com a Paraíba, Ceará, Alagoas, Bahia e Piauí. e tem como parte de seu território o arquipélago de Fernando de Noronha, a 545 km da costa.