Quais eram as tribos indígenas habitavam o Paraná chamado Tradicional? *
5 pontos
Xetás, Botocudos, Guaranis e Incas
Guarani, Xetás, kaingangs, carijós, caiuás
Incas, Maias e Astecas
Kaingangs, carijós, esquimós astecas
Botocudos, Guaranis e Incas
Soluções para a tarefa
Resposta:
GUARANI KAINGANG XETÁ
Explicação:
Povos indígenas no Paraná
No Estado do Paraná existem atualmente três etnias indígenas: Guarani, Kaingang e Xetá. A grande maioria vive nas 17 terras indígenas demarcadas pelo governo federal, onde recebe assistência médica, odontológica e educação diferenciada bilíngüe.
A economia dessas comunidades indígenas baseia-se na produção de roças de subsistência, pomares, criação de galinhas e porcos. Para complementar a renda familiar, produzem e vendem artesanato como cestos, balaios, arcos e flechas.
Professores índios alfabetizam as crianças na língua Guarani ou Kaingang, o que tem contribuído para a valorização dos conhecimentos tradicionais e a conseqüente preservação da identidade cultural.
É grande a influência que o paranaense recebeu desses grupos indígenas. Na culinária, além do consumo da erva-mate fria ou quente, adotamos o costume de preparar alimentos com mandioca, milho e pinhão, como o mingáu, a pamonha e a paçoca.
No vocabulário é freqüente o uso de palavras de origem Guarani para designar nomes de espécies nativas de frutas, vegetais e animais. Podemos citar como exemplos: guabiroba, maracujá, butiá, capivara, jabuti, biguá, cutia. De origem Kaingang temos os nomes de municípios como: Goioerê, Candói, Xambrê e Verê.
GUARANI
Os Guarani, grupo do tronco linguístico Tupi-Guarani, dividem-se em três sub-grupos: Mbyá, Nhandéva e Kaiová. Identificam-se mutuamente e mantêm laços de parentesco e afinidade com aldeias distantes, não se limitando ao território nacional. Apesar da grande abrangência do seu território (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) o sentido de identidade entre os Guarani tem se preservado através da manutenção da língua e da cultura.
Antes da colonização européia e da conseqüente perda de parte de seus territórios, os Guarani distribuíam-se desde do litoral estendendo-se às florestas subtropicais do planalto, até o rio Paraná a oeste. Estabeleciam suas aldeias geralmente em regiões de floresta tropical, fazendo clareiras na mata, usando as áreas próximas para caça, coleta e agricultura.
Permaneciam no mesmo local, entre cinco a seis anos, até esgotarem os recursos naturais, sendo que depois do solo descansar e a fauna se recompor, retornavam aquela área. Normalmente a aldeia compunha-se de cinco a seis casas comunitárias, sem divisões internas, em cada qual viviam de vinte a trinta pessoas.
No centro da aldeia existia a casa de rezas, onde eram realizadas as atividades rituais.
No interior das habitações e nas áreas periféricas da aldeia concentravam-se as atividades femininas relativas aos cuidados das crianças e ao preparo dos alimentos. Desenvolveram uma cerâmica decorada, confeccionando abundante quantidade de recipientes de argila queimada. Fabricavam cestas e peças variadas, com fibras e taquaras, inclusive redes de dormir e ainda fiavam algodão para confecção de peças de vestuário.
Nos séculos XVIII e XIX, os Guarani que habitavam o interior do Paraná, foram utilizados como mão-de-obra servil na atividade pecuária, ou reunidos pelo Governo em reservas indígenas denominadas aldeamentos. Muitos entretanto fugiam em direção ao litoral, considerado local sagrado segundo a mitologia do grupo.
KAINGANG
Os Kaingang pertencentes a família linguística Jê, preferiam habitar as regiões de campos e florestas de Araucária angustifolia, onde tinham no pinhão sua principal fonte de subsistência.
Os territórios Kaingang compreendiam além das aldeias, extensas áreas, onde estabeleciam acampamentos utilizados nas expedições de caça, pesca e coleta. Faziam armadilhas de pesca denominadas pari com as quais obtinham grande variedade de peixes. Esta forma de pesca tradicional ainda se mantêm entre os Kaingang dos rios Tibagi e Ivaí.
Cabia as mulheres o preparo da comida, os cuidados com as crianças, a confecção de cerâmica e o plantio de roças nas proximidades da aldeia, onde cultivavam milho, abóbora, feijão e mandioca.
Constituíam uma sociedade dualista, dividida em metades clânicas Kamé e Kairu. Esta forma de organização definia os papéis sociais e cerimonias de cada indivíduo no grupo, estabelecendo regras quanto a nominação, casamento, pintura corporal e a participação nas atividades rituais.
O principal ritual dos Kaingang é o culto aos mortos, denominado kikikoi, onde todos participavam exibindo pintura corporal, rezando, cantando e dançando uma coreografia inspirada no movimentos do tamanduá. Neste ritual as crianças são pintadas pela primeira vez com desenhos circulares ou alongados, identificando-se desta forma com a metade clânica a qual pertencem.
Resposta:
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