quais eram as principais frentes da educação durante o período do regime militar brasileiro
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Resposta:
Educação na ditadura militar brasileira refere-se a políticas, processos e práticas educacionais adotadas no Brasil durante o regime militar que durou de 1964 a 1985.[1][2][3]
Houve uma intensa ingerência dos militares no ensino brasileiro durante o período.[4] Para a historiografia, considerando a censura, os exílios, assassinatos, perseguições, há relatos e fatos do período de 21 anos ter sido um "tempo sombrio" para a educação e a sociedade brasileira.[5] O ensino na época tinha um público alvo bem particular,[6] adotando uma tendência mundial de padronização taylorista-fordista técno-científica da época.[7] Existem relatos divergentes com relação ao ensino da época em São Paulo, devido os complexos e múltiplos embates e resistências.[8]
Antes do golpe civil-militar de 1964, a educação no Brasil vinha sendo construída, sobretudo depois do Estado Novo (nos anos 30) e com a democratização política, por diversos setores. Os desafios mais flagrantes consistiam na alfabetização de crianças, jovens e adultos e no acesso a um ensino público de qualidade, tanto no nível básico, fundamental, quanto no ensino superior. Uma série de reivindicações, causas, pautas, projetos e lutas de educadores, da sociedade civil e de estudantes intensificam-se nos anos 40 e 50, mas acabam sendo interrompidas a partir de 1964. Os educadores mais atuantes pela causa de uma educação pública de qualidade, como Anísio Teixeira (principal idealizador das grandes transformações da educação brasileira no século XX), Paulo Freire (criador do Método Paulo Freire), Darci Ribeiro (ativo nas políticas institucionais, chegando a ser ministro da Educação) e Florestan Fernandes, são exilados (o primeiro é encontrado morto) e têm suas políticas educacionais, métodos e causas impedidas pela ditadura militar.