Sociologia, perguntado por mariaeduarda76554, 7 meses atrás

Quais direitos os trabalhadores das cidades europeias do século XIX não possuíam?

Soluções para a tarefa

Respondido por 00HIRO00
2

Resposta:

Trabalho já foi sinônimo de escravidão, servidão e de falta de capacidade intelectual. Nos tempos antigos (Grécia e Roma, para sermos mais exatos), o trabalho era destinado aos que não tinham habilidades técnicas para exercer outras funções, como as políticas ou artísticas. Uma frase de Platão explica o que era o trabalho para um grego no século III a.C, por exemplo:

“É próprio de um homem bem-nascido desprezar o trabalho.”

Naquela época, trabalhar não era uma boa ideia. Era fruto inclusive de debates filosóficos, como o de Aristóteles, que discutia se havia pessoas predestinadas para o trabalho e outras para a liberdade. Trabalhar era coisa de escravo, e ser escravo nunca é bom negócio.

A ideia de que cumprir um papel no mundo trabalhista traz dignidade às pessoas só foi aparecer já em nossos tempos modernos, fruto das revoluções industriais que nos trouxeram um novo tipo de convivência social. Uma sociedade onde a divisão de classes não era mais uma escolha divina, como na Alta Idade Média e Idade Média Central – época em que a estratificação social era vista como vontade divina -, ou no início do Renascimento Comercial, quando as corporações de ofício decidiam as regras sobre as próprias atividades.

A partir do aumento da industrialização, era necessário buscar outro motivo além do sustento ou da vontade de Deus para o trabalho. A atividade laboral passa então a empregar valores morais e sociais aos que a exerciam, e consequentemente privar os que não trabalhavam desses mesmos valores. Passamos também a viver uma nova relação entre as pessoas, com uma grande divisão: os que tinham meios econômicos de manter um empreendimento e os que tinham apenas sua força de trabalho como meio de garantir sua existência. Surgem assim as figuras do patrão e do empregado.

As condições de vida de um operário no século XIX, seja na Inglaterra, berço da revolução industrial, ou em outros países europeus que seguiram o caminho da industrialização, eram degradantes. Estavam expostos à fome e aos mais diversos tipos de doenças (como a cólera e o tifo, personagens de grandes epidemias do século XIX) que encontravam terreno fértil em cidades recém (e mal) formadas, graças ao grande fluxo de trabalhadores vindos do campo em busca de uma nova forma de prover sua subsistência. Essas cidades eram desprovidas de saneamento básico: esgotos corriam a céu aberto e homens, mulheres e crianças dividiam espaço com infestação de ratos, diversos insetos e outras pragas. 

Explicação:

ESPERO TER AJUDADO CONSAGRADO


mariaeduarda76554: Imagina, muito obrigada
Respondido por jeneffer2209
0

Resposta:

É grande é mais é bem explicadinho e tbm tem resumo mais a explicação está melhor na minha opnião

Explicação:

Bom eu espero ter ajudado

Segue por aqui☺️

POR: Jeneffer Ketlen

RESUMO: O presente artigo versa sobre a Revolução Industrial. Tem como escopo demonstrar a ligação entre este momento histórico e o surgimento do Direito do Trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: Revolução Industrial. Origem do Direito do Trabalho.

SUMÁRIO: 1. Introdução 2. Desenvolvimento 3. Conclusão 4. Referências Bibliográficas.

 

*Explicação* 1. Introdução

A Revolução Industrial é tida como um divisor de águas, eis que impulsionou uma era de forte crescimento econômico das potências capitalistas, notadamente na Grã-Bretanha. Este período, nos séculos XVIII e XIX, foi marcado pela substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso de máquinas.

No trabalho artesanal, em geral, eram utilizadas apenas máquinas simples e o indivíduo participava de todas as etapas do processo produtivo. Com a Revolução, os trabalhadores perderam o controle deste processo, já que passaram apenas a controlar máquinas que pertenciam aos donos dos meios de produção.

Este contexto alterou profundamente as condições de vida do trabalhador e criou as bases para o surgimento do Direito do Trabalho.

2. Desenvolvimento

As demandas produtivas deste contexto da Revolução Industrial provocaram o deslocamento de grande parcela da população rural para as cidades, criando enormes concentrações urbanas. Em razão da inexistência de políticas públicas e de estrutura adequada destas cidades, os trabalhadores viviam em condições desumanas, amontoados em instalações precárias.

Ademais, a situação era agravada pela total ausência de normas de proteção ao trabalhador o que gerava a superexploração pelos empregadores. Eram submetidos a jornadas extenuantes de trabalho e recebiam salários muito baixos.

Ressalta-se que o trabalho da mulher e de crianças e adolescentes também eram fortemente explorados. De acordo com o Prof Gustavo Felipe Barbosa Garcia:

De forma semelhante ao trabalho da mulher, embora de modo até mais marcante, observa-se durante a Revolução Industrial, principalmente no século XIX, a utilização do trabalho infantil, em péssimas condições, causando sérios prejuízos ao desenvolvimento físico e psicológico da pessoa.

As crianças e adolescentes eram expostos a trabalhos prejudiciais à saúde, com extensas jornadas, colocando em risco a sua segurança e a própria vida, com salários inferiores aos pagos aos adultos.[1]

Este ambiente hostil gerou a união dos trabalhadores que individualmente não possuíam força para realizar qualquer tipo de negociação com os empregadores. A própria aglomeração de pessoas em moradias precárias e as condições de trabalho que eram comuns a grande maioria dos trabalhadores facilitaram esta aproximação.

A limitação da jornada de trabalho foi uma das principais reivindicações comuns. Salienta-se que eram obrigados a trabalhar entre 12 a 16 horas diárias.

Os trabalhadores de forma coletiva passaram a ter um instrumento de pressão em face dos empregadores, que era exatamente a sua energia de trabalho. Entre outros movimentos dos trabalhadores surgiram os primeiros movimentos de greve.

Cabe ressaltar também que a Revolução Industrial propiciou a afirmação da relação de emprego como a base do sistema econômico capitalista. Sendo este o marco de surgimento do direito do trabalho. 

Perguntas interessantes