Quais destas ações contribuem para o aquecimento global? o reflorestamento de áreas degradadas a reciclagem de resíduos plásticos o uso de adubos orgânicos na agricultua a queima de combustíveis fósseis
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Resposta:
Os habitantes do planeta estão cada vez mais cientes de que o plástico – um dos materiais mais onipresentes na economia global – não é bom para o meio ambiente: ele inunda os oceanos, prejudica a vida selvagem e acaba na comida, comprometendo a saúde humana.
Como se isso não bastasse, porém, o setor do plástico é a segunda maior fonte industrial e a que mais cresce de gases do efeito estufa, e 99% do que compõe o produto deriva de combustíveis fósseis. Enquanto subproduto de petróleo, carvão mineral e gás natural, o plástico é um contribuinte-chave de emissões de dióxido de carbono, destaca um novo relatório da ONG Center of International Environmental Law (CIEL).
Se a expansão da produção petroquímica e de plásticos prosseguir como atualmente se planeja, até 2050 o produto será responsável por 10% a 13% do "orçamento carbônico" total – a quantidade de CO2 que a humanidade pode emitir globalmente antes de ultrapassar 1,5º C de aumento da temperatura em relação aos níveis pré-industriais, limite estabelecido como meta pelo Acordo de Paris.
Não se costuma associar a pegada ambiental do plástico à aceleração do aquecimento global causado por ele; a seguir, alguns fatos sobre seu papel nas mudanças climáticas.
1- A maior parte do plástico vem de combustíveis fósseis
Os plásticos são um subproduto da extração de combustível fóssil. Como frisa o CIEL, quase todos eles, inclusive resinas, fibras e aditivos, são derivados dessa indústria, e materiais empregados em sua fabricação, como etileno e propileno, provêm de petróleo, gás e carvão mineral.
Como aponta Carroll Muffett, principal autor do relatório, produzir plástico é a maneira como a indústria de combustíveis fósseis conseguiu "transformar o que seria uma corrente de dejetos, numa corrente de lucro".
2- Produção, uso e eliminação contribuem para o efeito estufa
Cada estágio do "ciclo de vida" da matéria plástica produz emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa, constataram os pesquisadores do CIEL. Isso inclui a extração e transporte dos combustíveis, refinamento e manufatura, assim como a gestão e eliminação de resíduos.
Somente em 2019, a produção e incineração de plástico deverá lançar mais de 850 milhões de toneladas cúbicas de gases do efeito estufa na atmosfera, sendo a incineração especialmente nociva.
Segundo projeções do CIEL, nos próximos dez anos as emissões do ciclo do plásticos deverão alcançar 1,34 gigatoneladas por ano, o equivalente ao emitido por 295 usinas de energia movidas a carvão mineral, operando a capacidade total.
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