Quais das duas devemos confiar? DOXA ou EPISTEME, justifique.
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Resposta:
Ao tratar dos conceitos de doxa e episteme na obra de Platão, tem-se de levar em conta uma evolução desses termos, no que se refere a sua precisão terminológica.
Podese assinalar que nos primeiros diálogos esses termos apresentam certas nuanças terminológicas que não correspondem, precisamente, ao compreendido no diálogo da República.
O temo grego encerra a significação de uma certa noção de julgamento e sentimento, no sentido de resolução e decisão parcial, baseada unicamente nos dados presentes.
Isso implica que doxa é compreendida como um certo juízo subjetivo que tem valor apenas momentâneo, um juízo que não poderá ser referência ética, pois tem presente a possibilidade da falsidade das crenças que suportam a ação.
Sob a mesma perspectiva, nesses primeiros diálogos, episteme é vista como uma techné, uma habilidade para fazer algo, um tipo de saber que tem seu suporte no conhecimento especializado e preciso da coisa.
Essa noção de episteme instrinsecamente ligada à techné também aparece no início do diálogo Górgias como sinônimo de didaskaliké, mas que logo é abandonado por Platão pela proximidade com a arte de Górgias.
Isso implica que, em alguma instância da relação entre epistemologia e ética, é possível considerar a ação sob o ponto de vista de uma doxa verdadeira, mas isso não significa que esse tipo de saber poderá tornar-se fundamento ético em Platão.
problema da determinação de tais conceitos está ligado ao estabelecimento das questões éticas que aparecem nos primeiros diálogos até a República e que não se mantêm, da mesma forma, até o diálogo as Leis.
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