quais cuidados devemos ter nas infusões sanguíneas
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Na transfusão de sangue, cuidados na adoção de procedimento e na observação das boas práticas de manipulação de hemoderivados são essenciais para garantir o bom tratamento e a segurança dos pacientes.
Nesse sentido, o Instituto Estadual de Hematologia do Rio de Janeiro (HEMORIO) divulgou um manual, da transfusão de sangue, os cuidados principais a serem observados:
Cuidados na transfusão de concentrado de hemácias:
Visando a segurança do paciente, as transfusões de hemocomponentes em caráter eletivo não deverão ser realizadas após as 20 horas.
- Conservar entre 1 a 6 C°, até o momento do uso;
- Manter fora da geladeira no máximo 30 min, antes da transfusão;
- Usar obrigatoriamente equipos de transfusão de sangue;
- Não adicionar medicamentos;
- Se não transfundido em 30 min., devolver ao Serviço de Hemoterapia;
- Tempo de infusão: 1 a 4 horas;
- Se sistema aberto, mantido o hemocomponente na geladeira, poderá ser transfundido em até 24 horas.
Cuidados na transfusão de Concentrado de Plaquetas:
- Não colocar na geladeira, manter à temperatura ambiente (22°C), até o momento do uso;
- Usar equipos com filtro;
- Não adicionar medicamentos;
- Agitar levemente antes de usar;
- Transfundir imediatamente;
- Se não transfundir em 1 hora, devolver ao Serviço de Hemoterapia;
Tempo de infusão: 30 minutos.
Obs.: O pool de plaquetas em sistema aberto poderá ser transfundido no máximo até 4 horas do procedimento;
Cuidados na transfusão de Plasmas fresco congelado:
- Usar equipos de transfusão de sangue;
- Não adicionar medicamentos;
- Se não transfundido em 6 horas, devolver Serviço de Hemoterapia.
Tempo de infusão: 1 a 2 horas.
Cuidados na transfusão de Crioprecipitado:
- Não colocar na geladeira;
- Usar equipos com filtro;
- Não adicionar medicamentos;
- Transfundir dentro de 4 horas;
- Se não transfundido em 4 horas, devolver ao Serviço de Hemoterapia;
Tempo de infusão:até 30 minutos.
Ainda conforme Brasil (2012), na transfusão de sangue, cuidados específicos devem ser tomados para evitar algumas reações comuns na transfusão:
Reação Prevenção
Reação Febril não hemolítica - Antitérmico componentes sanguíneos depletados de leucócitos (filtro)
Reação Hemolítica Imune - Assegurar correta identificação da amostra do paciente, checar a amostra
Reação Alérgica (de leve até grave) - Leve: observar a transfusão, se necessário: Antihistamínico pré transfusional. Severa: Componentes sanguíneos lavados
TRALI * - Hemácias lavadas
Contaminação Bacteriana - Cuidados na coleta, estocagem e manipulação dos hemocomponentes
Sobrecarga de Volume - Evitar infusão rápida e excesso de transfusão
Hemólise não imune - Inspecionar cuidadosamente a bolsa antes da transfusão
Alteração eletrolítica - Uso de componentes sanguineos mais recentes
Reação hemolítica tardia - aloimunização eritrocitária e HLA - Identificar o anticorpo para nas transfusões futuras utilizar hemácias fenotipadas.
Reação enxerto x hospedeiro (GVHD) - Irradiação de hemocomponentes (25 Gy)
Púrpura Pós transfusional - Selecionar Bolsas HPA-1 negativas
Imonumodulação - Identificar o antígeno para fazer nas transfusões futuras.
Hemosiderose - Quelantes do ferro
Doenças Infecciosas - Exames sorológicos de maior especificidade e sensibilidade
*Injúria pulmonar aguda relacionada a transfusão