História, perguntado por meajudapelamor, 11 meses atrás

Quais as vantagens econômicas que as nações imperialistas buscavam obter nas nações que conquistaram?

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Respondido por hellencosmis
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colonialismo consiste num sistema bipolar: o pólo colonizador (a Metrópole) e o pólo colonizado (a Colônia). As origens, as estruturas econômicas, sociais, políticas e ideológicas e o significado das formações coloniais são condicionados pelos interesses e ações de suas Metrópoles. A importância metodológica desse conceito é que nunca podemos iniciar o estudo da história de uma colônia a partir dela própria, pois, em primeiro lugar, faz-se necessária a compreensão das razões pelas quais certas nações precisaram colonizar áreas periféricas.

Diversos países europeus buscavam acumular metais, bem como acumular produtos em busca de obter uma balança comercial favorável. Ocorreu que a política mercantilista de um país entrava diretamente em choque com a de outro país igualmente mercantilista. Em outras palavras, os objetivos mercantilistas de um eram anulados pelos esforços do outro.

Percebendo o problema, os condutores do mercantilismo concluíram que a solução seria cada país mercantilista dominar áreas determinadas, dentro das quais pudesse ter vantagens econômicas declaradas. Surgiram, então, com grande força, as idéias colonialistas. Seu objetivo básico era a criação de um mercado e de uma área de produção colonial inteiramente controladas pela metrópole.

O Sistema de Exploração Colonial

Até o século XVI, os europeus preocupavam-se essencialmente com o comércio de especiarias da Ásia a da África _regiões onde já existia uma produção organizada_ limitando-se à compra e venda das mercadorias. A partir daquele século, houve um declínio nesse tipo de comércio. As monarquias européias e os mercadores passaram a participar diretamente da organização da produção nas colônias americanas, formando o sistema colonial.

As colônias eram vistas como instrumento do poder das metrópoles. A organização da produção colonial se fez de acordo com a política econômica do mercantilismo, tendo como objetivos o fortalecimento do Estado nacional e a acumulação de riquezas monetárias nas mãos das burguesias européias. Cada metrópole européia preocupava-se fundamentalmente em manter a posse de suas colônias.

Toda administração colonial tinha como centro a própria metrópole, sendo sua finalidade básica garantir a produção, a preços baixos, dos artigos não produzidos por ela (matérias-primas e gêneros tropicais) e servir como mercado consumidor dos manufaturados metropolitanos a preços mais altos.

O papel dessas colônias era servir como instrumentos geradores de riquezas para as metrópoles. Não se permitia às colônias ter objetivos internos ou projetos de desenvolvimento próprios. Eram os interesses econômicos da metrópole que condicionavam os rumos da vida colonial, sendo autorizadas na colônia apenas atividades que permitissem a exploração de suas riquezas.

Características Essenciais do colonialismo
Complementaridade 

A produção colonial foi organizada com a função de complementar ou satisfazer os interesses dos países metropolitanos europeus. No caso do Brasil, por exemplo, foi organizada uma produção a fim de fornecer açúcar e tabaco, mais tarde ouro e diamantes, depois algodão e, em seguida, café, para o comércio europeu. Não se objetivava, de modo algum, desenvolver na colônia qualquer atividade voltada para seus interesses internos.

Monopólio comercial

Era o instrumento básico utilizado para amarrar a vida econômica da colônia à da metrópole. Através do monopólio comercial, a colônia tornava-se um mercado exclusivo da burguesia metropolitana. Essa burguesia ficava com o direito de comprar, com exclusividade, os produtos coloniais, fazendo-o ao menor preço possível. De posse desses produtos, os comerciantes da metrópole os revendiam, no mercado europeu, aos mais altos preços admissíveis. Também era privilégio exclusivo da burguesia metropolitana vender produtos europeus para a população da colônia.

Colônias de Exploração e de Povoamento

Mesmo as formas de exploração das colônias eram organizadas de acordo com as necessidades metropolitanas.

– Colônias de Exploração

Eram colônias que seguiam mais as linhas gerais do pacto colonial. No Brasil-colônia, por exemplo, foi introduzida a escravidão, a fim de se obter uma produção agrícola em larga escala, necessária à economia européia. Essas colônias de áreas tropicais, que produziam para o mercado externo, eram chamadas de colônias de exploração e tinham sua economia baseada na grande propriedade, na monocultura e no trabalho compulsório.

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